postado em 30/08/2016 07:08

Ao descer das árvores e se tornar bípede, Lucy deu um dos principais os para a evolução da raça humana. Curiosamente, foi ao tentar subir em um galho que ela pôs fim à própria vida. Segundo um estudo da Universidade do Texas em Austin, a ;mãe; da humanidade morreu, há 3,18 milhões de anos, vítima de um acidente. Ela teria caído no chão, fraturando vários ossos. A descoberta, além de revelar a causa mortis dessa importante peça do quebra-cabeça evolutivo, soluciona outra questão há tempos debatida: Lucy era totalmente bípede ou ainda ava parte do seu tempo de galho em galho?

Desde a descoberta da espécie, batizada de Australopithecus afarensis (símio do sudeste de Afar), os cientistas têm debatido intensamente se Lucy ava 100% de seu tempo em terra firme ou se ainda praticava o arvorismo, ou seja, se também se deslocava pelos galhos das árvores. Para John Kappelman, antropólogo da Universidade do Texas e principal autor do novo estudo, publicado na revista Nature, o grave acidente sofrido por ela é um forte indicativo de que, diferentemente do homem moderno, essa ancestral se dividia entre o solo e a copa das árvores. ;É irônico que o fóssil que está no centro do debate sobre o papel do arvorismo na evolução humana tenha, provavelmente, morrido de ferimentos sofridos por uma queda da árvore;, comenta Kappelman.
A primeira vez em que o cientista estudou Lucy foi durante um tour americano de museus, em 2008, quando o fóssil, que fica exposto no Museu de História Natural de Nova York, foi levado ao Texas e examinado em alta resolução pela máquina de tomografia computadorizada da Faculdade de Geociências da universidade. Durante 10 dias, Kappelman e Richard Ketcham, professor de ciências geológicas, cuidadosamente escanearam todo o esqueleto, que tem 40% dos ossos preservados, para criar um arquivo digital com mais de 35 mil imagens.
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