{ "@context": "http://www.schema.org", "@graph": [{ "@type": "BreadcrumbList", "@id": "", "itemListElement": [{ "@type": "ListItem", "@id": "/#listItem", "position": 1, "item": { "@type": "WebPage", "@id": "/", "name": "In\u00edcio", "description": "O Correio Braziliense (CB) é o mais importante canal de notícias de Brasília. Aqui você encontra as últimas notícias do DF, do Brasil e do mundo.", "url": "/" }, "nextItem": "/cidades-df/#listItem" }, { "@type": "ListItem", "@id": "/cidades-df/#listItem", "position": 2, "item": { "@type": "WebPage", "@id": "/cidades-df/", "name": "Cidades DF", "description": "Cidades é o principal canal de últimas notícias do DF, previsão do tempo, resultados da loteria, diversão e arte ", "url": "/cidades-df/" }, "previousItem": "/#listItem" } ] }, { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": "/cidades-df/2024/06/6865709-com-normas-rigorosas-compras-de-armas-de-fogo-no-df-caem-51.html", "name": "Com normas mais rigorosas, compras de armas de fogo no DF caem 51%", "headline": "Com normas mais rigorosas, compras de armas de fogo no DF caem 51%", "description": "", "alternateName": "Segurança Pública", "alternativeHeadline": "Segurança Pública", "datePublished": "2024-06-02T06:07:00Z", "articleBody": "<p class="texto">A circulação de armas de fogo caiu nos primeiros quatro meses do ano no Distrito Federal. De acordo com a Polícia Federal, o número de pessoas que pediram autorização para comprar armamento diminuiu em 51%, se comparado ao mesmo período de 2023. Para adquirir uma arma de fogo de uso permitido e emissão do Certificado de Registro de Arma de Fogo — istrado pelo Sistema Nacional de Armas (Sinarm) da Polícia Federal — é preciso seguir duras regras. </p> <ul> <li><a href="/brasil/2024/01/6779199-armas-de-fogo-registradas-na-pf-caem-cerca-de-82-em-2023.html">Armas de fogo registradas na PF tem queda de cerca de 82% em 2023</a></li> <li><a href="/brasil/2024/04/6847867-o-estatuto-do-desarmamento-ja-nasceu-ameacado-diz-diretora-do-instituto-sou-da-paz.html">O Estatuto do Desarmamento já nasceu ameaçado, diz diretora do Instituto Sou da Paz</a></li> <li><a href="/politica/2024/05/6861176-exercito-reduz-numero-de-armas-que-pms-podem-ter-em-casa.html">Exército reduz número de armas que PMs podem ter em casa</a></li> </ul> <p class="texto">Em números absolutos, foram 173 requisições, de janeiro a abril, enquanto em 2023 houve 355 pedidos de autorização. A queda é ainda mais significativa se comparada a 2022 quando, no mesmo período, houve 458 solicitações. </p> <p class="texto">A explicação para a diminuição no número de solicitações, segundo especialistas, está nas restrições impostas pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em janeiro de 2023, ele assinou decreto limitando para três o número de armas que uma pessoa pode adquirir. Na gestão Jair Bolsonaro, o limite era de cinco armas de cada modelo para colecionadores e de 15 para caçadores e 30 para atiradores. "O atual governo endureceu as regras. O Decreto nº 11.366, de 1º de janeiro de 2023, deixou clara a intenção de restringir e/ou dificultar a aquisição de armas de fogo pela população em geral. Os números revelam esse posicionamento", comenta Rafael Seixas, professor de direito constitucional e direito penal. </p> <h3>Debates</h3> <p class="texto">Das 176 requisições para a compra de armas de janeiro a abril, 144 foram pedidos encaminhados por cidadãos comuns e 32 por servidores públicos. Alguns foram rejeitados pela PF. Do total, segundo a polícia, 105 pessoas não se enquadraram nas normas protocoladas.</p> <p class="texto">No entanto, Rafael Seixas ressalta que ações do governo para limitar a obtenção de armas não têm relação direta com o aumento ou declínio da criminalidade. "A simplificação do o para o porte e/ou a posse de armamentos é um movimento que revela mais sobre a concordância do Estado com medidas afirmativas. Não é possível inferir uma correlação direta", argumenta.</p> <p class="texto">Uma série de divergências envolve o debate em torno das armas, da posse e do porte delas. Em 2019, durante o governo Bolsonaro, o ex-presidente editou mais de 40 decretos para flexibilizar a aquisição de armamentos. As normas incluíam o aumento de quatro para seis o número de armas de fogo que o cidadão comum poderia adquirir. Agentes de segurança ganharam, na época, prerrogativas para ampliar a aquisição. Policiais, agentes prisionais ou membros do Ministério Público e tribunais poderiam ter até 87 armas.  </p> <p class="texto">A escassez de pesquisas que mostrem que os homicídios cometidos com arma de fogo foram praticados com armamento legalizado coloca em xeque a afirmação de que o o mais fácil às armas esteja associado ao aumento de crimes. É o que afirma a advogada criminalista e professora universitária Ana Paula. "É uma utopia pensar que facções, milícias e grupos de extermínio pelo país afora se equipam com armas compradas legalmente. E, mais, considerar que furto e roubo dessas armas pode ser uma das principais formas de municiar criminosos é desconhecer a realidade das fronteiras brasileiras e os tipos de armamento utilizados pelo crime organizado", acredita.</p> <p class="texto">Welliton Caixeta, pesquisador vinculado ao Grupo Candango de Criminologia - GCCrim/FD, ressalta que ainda há muito a fazer para reverter, segundo ele, o "cenário caótico de armas de fogo e munições colocadas em circulação nos anos anteriores". "Por conta do armamento irrefletido e desenfreado da população, houve também um crescimento assustador do número de clubes de tiro espalhados por todo o país, além do extravio de armas e munições para o crime (sobre a atuação armada de facções e milícias) e do consequente aumento da violência (sobretudo, interpessoal, crimes contra a vida e crimes contra o patrimônio com uso de arma de fogo)", avalia.</p> <p class="texto">Para o especialista, o principal setor afetado, além da economia, foi também o da segurança pública. No Brasil, 7 em cada 10 homicídios são cometidos com uso de arma de fogo. Todavia, é sempre importante lembrar que, de acordo com pesquisas (nacionais e internacionais), não é possível estabelecer qualquer tipo de correlação empírica entre porte/posse de arma de fogo e segurança individual. Pelo contrário, com a flexibilização de armas e munições, aumentaram vertiginosamente casos de violência armada, conflitos interpessoais e violência doméstica com uso de arma de fogo, além de delitos patrimoniais usando armas como instrumento."</p> <h3>Critérios </h3> <p class="texto">Em 2024, de janeiro a abril, foram negados 105 pedidos para a aquisição de armas. Em 2022, foram 458 pedidos para a posse de arma, sendo que 329 conseguiram a aprovação da PF e 129 solicitações foram rejeitadas. No ano ado, das 355 pessoas que recorreram à Polícia Federal (PF) para obter armas de maneira legal, 188 tiveram a resposta positiva. </p> <p class="texto">O levantamento do Sinarm mostra a quantidade de requisições para o registro da arma de fogo, ou seja, para obter a posse de arma. Esse requerimento permite que o proprietário mantenha a arma guardada em casa ou no local de trabalho, desde que ele seja o titular ou responsável legal pela empresa. A primeira etapa do processo é preencher um formulário da PF e, depois, apresentar a documentação em uma unidade da Polícia Federal. </p> <p class="texto">Entre janeiro e abril deste ano, foram submetidos 79 registros. Apenas três foram indeferidos. Nos mesmos meses de 2023, de 253 solicitações, 231 foram aceitas pela Polícia Federal. O número recorde foi em 2022, quando 316 pessoas participaram do processo para a posse de armas. Dessas, a PF autorizou 292 procedimentos. </p> <p class="texto">A maior parte das requisições feitas à PF, seja de posse, porte ou registro, partiram mais de cidadãos comuns (civis) do que de servidores públicos. O que pode explicar isso é a sensação de insegurança por parte da população, que, segundo avalia Seixas, assiste, diariamente, os expressivos números de crimes praticados nas mais variadas cidades e de diversos modos. "Ao quadro calamitoso de segurança pública não respondem suficientes investimentos estatais ou aportes capazes de induzir à popularização da segurança privada."</p> <h3>Fiscalização</h3> <p class="texto">A Polícia Federal está atenta aos que tentam burlar as normas e prosseguir com a posse e porte de armas sem autorização. Só este ano, de janeiro a abril, 28 espingardas, revólveres, pistolas, rifles e carabinas foram submetidas ao Exército para destruição. </p> <p class="texto">Nos primeiros meses do ano, 13 armas foram apreendidas só em Brasília, além de nove furtadas, quatro recuperadas de proprietários legais e 13 entregues voluntariamente no âmbito da Campanha do Desarmamento, medida instituída a partir do Estatuto do Desarmamento, de 2003. </p> <p class="texto">Segundo os registros policiais, a maior parte desses armamentos foi usada em crimes e apreendida em operações e flagrantes. O rastreamento é feito em todos os casos, mas cautelosos, os suspeitos apagam os números de registros e os dados que indicam como ocorreu a aquisição. </p> <p class="texto">Em 2024, o número geral de ocorrências de janeiro a abril foi de 105. No mesmo período do ano ado, chegou a 120. </p> <p class="texto"><div class="read-more"> <h4>Saiba Mais</h4> <ul> <li> <a href="/brasil/2024/05/6861563-megaoperacoes-miram-cacs-vendedores-de-armas-e-novo-cangaco.html"> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2024/05/21/pf__3_-37281606.jpeg?20240521132310" alt="" width="150" height="100"></amp-img> <div class="words"> <strong>Brasil</strong> <span>Megaoperações miram CACs, vendedores de armas e novo cangaço</span> </div> </a> </li> <li> <a href="/politica/2024/05/6861176-exercito-reduz-numero-de-armas-que-pms-podem-ter-em-casa.html"> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2023/12/19/tom_def_qaknjlu4ttw_unsplash-33496012.jpg?20240620202018" alt="" width="150" height="100"></amp-img> <div class="words"> <strong>Política</strong> <span>Exército reduz número de armas que PMs podem ter em casa</span> </div> </a> </li> <li> <a href="/brasil/2024/04/6846360-aumento-de-cacs-fez-crescer-violencia-contra-mulher-diz-diretora-do-instituto-sou-da-paz.html"> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2024/04/29/whatsapp_image_2024_04_29_at_16_03_29-36629477.jpeg?20240429180306" alt="" width="150" height="100"></amp-img> <div class="words"> <strong>Brasil</strong> <span>Aumento de CACs fez crescer violência contra mulher, diz diretora do Instituto Sou da Paz</span> </div> </a> </li> </ul> </div></p> <p class="texto"> <br /></p>", "isAccessibleForFree": true, "image": [ "https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2024/03/18/1200x801/1_arma-35507910.jpg?20240610080757?20240610080757", "https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2024/03/18/1000x1000/1_arma-35507910.jpg?20240610080757?20240610080757", "https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2024/03/18/800x600/1_arma-35507910.jpg?20240610080757?20240610080757" ], "author": [ { "@type": "Person", "name": "Darcianne Diogo", "url": "/autor?termo=darcianne-diogo" } ], "publisher": { "logo": { "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fimgs2.correiobraziliense.com.br%2Famp%2Flogo_cb_json.png", "@type": "ImageObject" }, "name": "Correio Braziliense", "@type": "Organization" } }, { "@type": "Organization", "@id": "/#organization", "name": "Correio Braziliense", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "/_conteudo/logo_correo-600x60.png", "@id": "/#organizationLogo" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/correiobraziliense", "https://twitter.com/correiobraziliense.com.br", "https://instagram.com/correio.braziliense", "https://www.youtube.com/@correio.braziliense" ], "Point": { "@type": "Point", "telephone": "+556132141100", "Type": "office" } } ] } { "@context": "http://schema.org", "@graph": [{ "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Início", "url": "/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Cidades DF", "url": "/cidades-df/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Politica", "url": "/politica/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Brasil", "url": "/brasil/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Economia", "url": "/economia/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Mundo", "url": "/mundo/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Diversão e Arte", "url": "/diversao-e-arte/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Ciência e Saúde", "url": "/ciencia-e-saude/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Eu Estudante", "url": "/euestudante/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Concursos", "url": "/euestudante/concursos/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Esportes", "url": "/esportes/" } ] } z3j3s

Com normas mais rigorosas 44262c compras de armas de fogo no DF caem 51%
Segurança Pública

Com normas mais rigorosas, compras de armas de fogo no DF caem 51% 3tw2l

Com as medidas restritivas adotadas pelo governo federal, a procura por registros diminuiu na capital do país. Mas especialista diz que o principal problema é a fácil entrada de armamento ilegal no país a504q

A circulação de armas de fogo caiu nos primeiros quatro meses do ano no Distrito Federal. De acordo com a Polícia Federal, o número de pessoas que pediram autorização para comprar armamento diminuiu em 51%, se comparado ao mesmo período de 2023. Para adquirir uma arma de fogo de uso permitido e emissão do Certificado de Registro de Arma de Fogo — istrado pelo Sistema Nacional de Armas (Sinarm) da Polícia Federal — é preciso seguir duras regras. 

Em números absolutos, foram 173 requisições, de janeiro a abril, enquanto em 2023 houve 355 pedidos de autorização. A queda é ainda mais significativa se comparada a 2022 quando, no mesmo período, houve 458 solicitações. 

A explicação para a diminuição no número de solicitações, segundo especialistas, está nas restrições impostas pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em janeiro de 2023, ele assinou decreto limitando para três o número de armas que uma pessoa pode adquirir. Na gestão Jair Bolsonaro, o limite era de cinco armas de cada modelo para colecionadores e de 15 para caçadores e 30 para atiradores. "O atual governo endureceu as regras. O Decreto nº 11.366, de 1º de janeiro de 2023, deixou clara a intenção de restringir e/ou dificultar a aquisição de armas de fogo pela população em geral. Os números revelam esse posicionamento", comenta Rafael Seixas, professor de direito constitucional e direito penal. 

Debates r1dc

Das 176 requisições para a compra de armas de janeiro a abril, 144 foram pedidos encaminhados por cidadãos comuns e 32 por servidores públicos. Alguns foram rejeitados pela PF. Do total, segundo a polícia, 105 pessoas não se enquadraram nas normas protocoladas.

No entanto, Rafael Seixas ressalta que ações do governo para limitar a obtenção de armas não têm relação direta com o aumento ou declínio da criminalidade. "A simplificação do o para o porte e/ou a posse de armamentos é um movimento que revela mais sobre a concordância do Estado com medidas afirmativas. Não é possível inferir uma correlação direta", argumenta.

Uma série de divergências envolve o debate em torno das armas, da posse e do porte delas. Em 2019, durante o governo Bolsonaro, o ex-presidente editou mais de 40 decretos para flexibilizar a aquisição de armamentos. As normas incluíam o aumento de quatro para seis o número de armas de fogo que o cidadão comum poderia adquirir. Agentes de segurança ganharam, na época, prerrogativas para ampliar a aquisição. Policiais, agentes prisionais ou membros do Ministério Público e tribunais poderiam ter até 87 armas.  

A escassez de pesquisas que mostrem que os homicídios cometidos com arma de fogo foram praticados com armamento legalizado coloca em xeque a afirmação de que o o mais fácil às armas esteja associado ao aumento de crimes. É o que afirma a advogada criminalista e professora universitária Ana Paula. "É uma utopia pensar que facções, milícias e grupos de extermínio pelo país afora se equipam com armas compradas legalmente. E, mais, considerar que furto e roubo dessas armas pode ser uma das principais formas de municiar criminosos é desconhecer a realidade das fronteiras brasileiras e os tipos de armamento utilizados pelo crime organizado", acredita.

Welliton Caixeta, pesquisador vinculado ao Grupo Candango de Criminologia - GCCrim/FD, ressalta que ainda há muito a fazer para reverter, segundo ele, o "cenário caótico de armas de fogo e munições colocadas em circulação nos anos anteriores". "Por conta do armamento irrefletido e desenfreado da população, houve também um crescimento assustador do número de clubes de tiro espalhados por todo o país, além do extravio de armas e munições para o crime (sobre a atuação armada de facções e milícias) e do consequente aumento da violência (sobretudo, interpessoal, crimes contra a vida e crimes contra o patrimônio com uso de arma de fogo)", avalia.

Para o especialista, o principal setor afetado, além da economia, foi também o da segurança pública. No Brasil, 7 em cada 10 homicídios são cometidos com uso de arma de fogo. Todavia, é sempre importante lembrar que, de acordo com pesquisas (nacionais e internacionais), não é possível estabelecer qualquer tipo de correlação empírica entre porte/posse de arma de fogo e segurança individual. Pelo contrário, com a flexibilização de armas e munições, aumentaram vertiginosamente casos de violência armada, conflitos interpessoais e violência doméstica com uso de arma de fogo, além de delitos patrimoniais usando armas como instrumento."

Critérios  2b4m3e

Em 2024, de janeiro a abril, foram negados 105 pedidos para a aquisição de armas. Em 2022, foram 458 pedidos para a posse de arma, sendo que 329 conseguiram a aprovação da PF e 129 solicitações foram rejeitadas. No ano ado, das 355 pessoas que recorreram à Polícia Federal (PF) para obter armas de maneira legal, 188 tiveram a resposta positiva. 

O levantamento do Sinarm mostra a quantidade de requisições para o registro da arma de fogo, ou seja, para obter a posse de arma. Esse requerimento permite que o proprietário mantenha a arma guardada em casa ou no local de trabalho, desde que ele seja o titular ou responsável legal pela empresa. A primeira etapa do processo é preencher um formulário da PF e, depois, apresentar a documentação em uma unidade da Polícia Federal. 

Entre janeiro e abril deste ano, foram submetidos 79 registros. Apenas três foram indeferidos. Nos mesmos meses de 2023, de 253 solicitações, 231 foram aceitas pela Polícia Federal. O número recorde foi em 2022, quando 316 pessoas participaram do processo para a posse de armas. Dessas, a PF autorizou 292 procedimentos. 

A maior parte das requisições feitas à PF, seja de posse, porte ou registro, partiram mais de cidadãos comuns (civis) do que de servidores públicos. O que pode explicar isso é a sensação de insegurança por parte da população, que, segundo avalia Seixas, assiste, diariamente, os expressivos números de crimes praticados nas mais variadas cidades e de diversos modos. "Ao quadro calamitoso de segurança pública não respondem suficientes investimentos estatais ou aportes capazes de induzir à popularização da segurança privada."

Fiscalização g6g19

A Polícia Federal está atenta aos que tentam burlar as normas e prosseguir com a posse e porte de armas sem autorização. Só este ano, de janeiro a abril, 28 espingardas, revólveres, pistolas, rifles e carabinas foram submetidas ao Exército para destruição. 

Nos primeiros meses do ano, 13 armas foram apreendidas só em Brasília, além de nove furtadas, quatro recuperadas de proprietários legais e 13 entregues voluntariamente no âmbito da Campanha do Desarmamento, medida instituída a partir do Estatuto do Desarmamento, de 2003. 

Segundo os registros policiais, a maior parte desses armamentos foi usada em crimes e apreendida em operações e flagrantes. O rastreamento é feito em todos os casos, mas cautelosos, os suspeitos apagam os números de registros e os dados que indicam como ocorreu a aquisição. 

Em 2024, o número geral de ocorrências de janeiro a abril foi de 105. No mesmo período do ano ado, chegou a 120. 

 

Mais Lidas 5f2u28

Diferenças práticas  n594d

Você sabia?

Pela legislação brasileira, há uma diferença clara entre posse e porte de arma. A posse diz respeito à permissão para comprar uma arma de fogo, já o porte é a autorização para andar ou utilizar a arma.

Novo limite 3s4my

Em maio, uma portaria publicada pelo Exército reduziu a quantidade de armas que podem ser compradas por policiais militares, bombeiros e servidores do Gabinete de Segurança Institucional (GSI). Agora, os profissionais poderão ter até quatro armas de fogo, quando em serviço. Aos aposentados das forças, o limite é de duas armas de uso permitido. Antes disso, a portaria autorizava seis armas para profissionais da ativa, sendo cinco de uso .