
Nascida e criada em Ceilândia, Jéssica Silva, 33 anos, aproveita o que aprendeu para ajudar a comunidade onde vive. Ela conta que, na região, teve a oportunidade de crescer, junto à sua família. "Driblamos diversas questões sociais, para que tivéssemos condições de nos estabelecermos com qualidade", comenta.
Advogada e educadora popular, Jéssica utiliza sua experiência e formação para trabalhar com crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social. "Dentro das atividades, muitos desses jovens acabam se inspirando em mim e querem ser uma 'Jéssica' quando crescer. Isso é algo que me inspira a continuar", ressalta.
Siga o canal do Correio no WhatsApp e receba as principais notícias do dia no seu celular
No seu trabalho social, ela mostra quais direitos as crianças e os adolescentes têm, além de deixar bem claro que eles podem cobrá-los das autoridades. "Quando a gente fala sobre periferia, não tem que ser um olhar de extrema vulnerabilidade, é preciso visualizar os sonhos da população que vive nesses locais", ressalta. "Enquanto educadora, tenho a grande missão de fazer com que muitos desses jovens consigam, ao menos, chegar onde estou", acrescenta.
Família
O amor de Jéssica por Ceilândia é tão forte que faz ela falar sobre a região em todos os locais por onde a. "Sou muito 'bairrista', então, sempre que vou a outros lugares do Brasil, digo para as pessoas visitarem Ceilândia, quando forem ao DF", diz. "Dia de domingo na Feira de Ceilândia, é maravilhoso para mim. Não dispenso. Ceilândia é incrível e é onde vou o resto da minha vida", garante.
Além da feira, Jéssica aponta outros lugares que adora em Ceilândia. "O projeto Jovens de Expressão é o meu lugar favorito, pois lá tem vários eventos, que me permitem não ter que ir até o Plano Piloto para curtir algo de qualidade. Além disso, a Casa do Cantador é um dos melhores locais para se apreciar uma boa cultura nordestina. Consumo muito a cultura de Ceilândia", destaca.
De acordo com a advogada, ao ouvir a palavra "Ceilândia", a primeira coisa que vem à mente é a família. "É literalmente esse momento, principalmente sabendo que todos da minha família moram por aqui. A região tem esse ar mais familiar. Ceilândia me traz essa sensação de lar", descreve.
Jéssica pensa num futuro de qualidade para Ceilândia. "Quero, daqui a 20 anos, um local onde se tenham políticas públicas de qualidade, principalmente para crianças e jovens, além de mecanismos de qualidade voltadas para esse público", observa. "Além disso, acredito que Ceilândia vai ser uma região onde a gente se sente seguro ao andar, tenha qualidade de vida e que vai sair do mapa da vulnerabilidade social", deseja.