
Na 8ª edição da CaminhaDown, realizada neste domingo (23/3), mães e pais de pessoas com síndrome de Down reforçaram a importância da inclusão plena em todos os espaços da sociedade. A caminhada contou com a participação de centenas de pessoas e vem ganhando destaque a cada ano. O evento acontece desde 2015 para marcar o Dia Internacional da Síndrome de Down, em 21 de março, além de reivindicar maior atenção do poder público e da sociedade para as necessidades e direitos das pessoas com síndrome de Down.
A organizadora do evento, Melina Sales, explica que a inclusão envolve a garantia de que as pessoas com síndrome de Down tenham o a educação, saúde, trabalho e cultura de forma igualitária, com o apoio necessário para que possam se desenvolver. “Estou aqui como coordenadora e organizadora, mas conto com uma equipe de mães guerreiras que tornam este evento possível. Nosso objetivo é lutar por uma escola verdadeiramente inclusiva, com monitores e educadores sociais, uma necessidade recorrente.”
Melina aponta que nas escolas é necessário a adoção de uma linguagem simples com mediação pedagógica para que crianças e adolescentes com síndrome de Down possam aprender o conteúdo escolar e participar de forma ativa na sala de aula.
A psicóloga e ativista da causa Adriana Souza, 36, é mãe do Joaquim, de 3 anos. Ela participa da CaminhaDown desde que o filho, que tem a síndrome, nasceu. “A gente diz que a conscientização salva vidas, e é verdade, pois traz oportunidades, que é tudo o que essas pessoas precisam. Hoje, com todas as terapias disponíveis, sabemos que pessoas com deficiência intelectual são plenamente capazes. Elas precisam de oportunidades e de uma sociedade que ofereça essas chances.”
O influenciador goiano João Vitor de Paiva esteve no evento e falou sobre a inclusão na educação para pessoas com síndrome de Down. João tem 24 anos, é membro do Conselho Jovem da Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) e vai se formar neste semestre em educação física, na PUC-GO. Apesar da conquista, ele falou dos obstáculos enfrentados para conseguir alcançar o sonho. “O apoio na educação para jovens no Brasil é pouco. Precisa melhorar para que os jovens com síndrome de Down tenham oportunidades.”
A edição brasiliense da CaminhaDown é organizada por famílias voluntárias e tem o apoio institucional da Associação de Pais, Amigos e Pessoas com Deficiência (Apae-DF), Associação de Pais e Amigos de Pessoas com Deficiência de Funcionários do Banco do Brasil e Comunidade (APABB), Associação DFDown, Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais e Deficientes de Taguatinga e Ceilândia (Apaed), Instituto Ápice Down, Instituto Você Nunca Andará Sozinho, Motiva 21, Movimento Down e PIPA Pedagogia Inclusiva Pelas Artes.
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