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Servidor investigado por filmar mulheres em banheiros é afastado pelo MinC

O servidor Pablo Santiago foi afastado do cargo pelo Ministério da Culta após a Polícia Civil do DF abrir investigação para apurar denúncias de que ele teria filmado mulheres em banheiros públicos e privados

As mulheres eram filmadas em banheiros públicos e privados de locais da capital -  (crédito: Caio Gomez)
As mulheres eram filmadas em banheiros públicos e privados de locais da capital - (crédito: Caio Gomez)

O servidor do Ministério da Cultura (Minc) Pablo Santiago, de 39 anos, investigado pela Delegacia Especial de Atendimento à Mulher por supostamente gravar e armazenas vídeos de mulheres em banheiros do Distrito Federal, foi afastado do órgão. Ministério ressaltou, por meio de nota, que qualquer servidor do órgão que tiver informações sobre algo que ocorreu dentro do MinC, deve procurar a ouvidoria.

Confira o documento na íntegra:

Desde esta terça-feira, (13), quando a gestão tomou conhecimento da operação da Polícia Civil realizada em relação a um dos servidores efetivos da Pasta, as equipes do Gabinete da Ministra da Cultura e da Secretaria-Executiva estão trabalhando diligentemente para dar respostas o mais célere possível e garantir a segurança da equipe do MinC.

Foram tomadas as medidas preventivas e acautelatórias como afastamento preventivo do servidor, apreensão do computador utilizado no ambiente institucional, solicitação à Polícia Federal de varredura no bloco B e abertura de processo istrativo para apuração do caso.

Importante lembrar que todas as medidas exigem procedimentos istrativos específicos, alguns dos quais sigilosos.

Incentivamos que as e os colegas que tiverem qualquer informação sobre os fatos procurem a Ouvidoria e ressaltamos que, até o momento, não há indícios de que as ilegalidades tenham ocorrido nas dependências do Ministério da Cultura.

Por fim, o Ministério reitera que repudia toda e qualquer violência e manifesta profunda solidariedade a todas as vítimas. A pasta reafirma o compromisso inegociável com a proteção das mulheres, a integridade dos espaços culturais e o esforço diário e incessante para que o ambiente de trabalho seja também um local acolhedor e seguro para todas as mulheres.

O caso

Pablo foi alvo de uma operação de busca e apreensão em sua residência, realizada nesta terça-feira (13/5) pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF). Segundo a advogada que representa duas vítimas do servidor, as denúncias à polícia foram feitas um mês atrás, quando uma pessoa próxima de Pablo encontrou milhares de arquivos em seu computador contendo gravações de mulheres em banheiros públicos e privados do Distrito Federal.

Em sua conta no Instagram, agora desativada, o homem se denominava “agitador cultural” de Brasília. O Correio apurou que ele estava envolvido na organização de diversos eventos na capital, inclusive blocos de carnaval.

postado em 15/05/2025 10:57 / atualizado em 15/05/2025 18:34
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