O Centro de Trauma do Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF) registrou, apenas no mês de abril deste ano, 11 atendimentos relacionados a acidentes envolvendo patinetes elétricos. O número, divulgado pelo Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do DF (IgesDF), expôs os riscos desse meio de transporte, cada vez mais popular em Brasília.
Entre os casos atendidos, as lesões variaram de ferimentos leves a quadros mais graves, como traumatismo cranioencefálico. Segundo o levantamento, 64% das vítimas eram homens e 36%, mulheres, com uma média de idade de 22 anos. O perfil das vítimas mostra que, embora o uso da patinete seja mais comum entre jovens adultos, também há ocorrências envolvendo crianças. A vítima mais nova tinha apenas 6 anos, enquanto a mais velha, 51.
Os tipos de lesões incluem três casos de traumatismo cranioencefálico leve, dois traumas de face, cinco traumas em membros e um trauma torácico. Quatro pessoas precisaram de suturas e duas sofreram fraturas graves: uma na clavícula, que precisou de cirurgia, e outra na tíbia e fíbula.
Os números de abril se aproximam dos registrados durante o Carnaval, quando o hospital atendeu 10 casos de acidentes com patinetes em apenas quatro dias. Muitos dos casos estão diretamente ligados ao uso inadequado ou irresponsável do equipamento, incluindo a falta de equipamentos de proteção.
A regulamentação vigente permite o uso das patinetes elétricas em ciclovias e vias com limite de velocidade de até 40 km/h. O uso de capacete e outros itens de proteção não é obrigatório por lei, mas é fortemente recomendado.
*Estagiária sob a supervisão de Nahima Maciel
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