As impressões sobre o primeiro dia de conclave — processo de escolha do novo líder da igreja católica —, assim como a influência do papa Francisco para o próximo pontífice, foram temas abordados nesta quarta-feira (7/5) pelo doutor em Ciência da Religião Vicente Paulo Alves, durante o CB.Poder — parceria entre o Correio Braziliense e a TV Brasília. Aos jornalistas Carlos Alexandre e Sibele Negromonte, o professor do curso de Teologia da Universidade Católica de Brasília (UCB) falou sobre o processo de votação dos cardeais para eleger um novo papa.
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Vicente comentou sobre a escolha de um novo papa e ressaltou a grande responsabilidade dos cardeais. “Eu acredito que a principal preocupação é escolher um papa que tenha o perfil de liderança e que também expresse a confiança que o mundo depositou no papa Francisco. Talvez, escolham um perfil que se aproxime muito do legado do papa Francisco, que não pode ser apagado. Realmente, havia uma comunicação entre as religiões e com as diferentes opiniões”, afirma.
O professor também disse que o primeiro o para a escolha de um novo pontífice pode ter sido dado durante as congregações gerais antes do conclave. “Durante o conclave anterior, o papa Francisco fez um discurso sobre uma igreja para os pobres, isso fez com que os cardeais voltassem os olhos para o Jorge Bergoglio. Então, também podemos ter algum candidato que já se destacou durante essas congregações gerais. Elas que marcam efetivamente o que vai acontecer na votação”, explica.
Atualmente, 135 cardeais podem votar no conclave. Deste número, 80% (108 cardeais) foram nomeados pelo papa Francisco. O professor comentou que essa primeira votação também servirá para promover uma interação maior entre os novos cardeais. “Existe um alinhamento de escolhas, uma possibilidade de conversa entre os votantes. Nesse momento, eles vão perceber para qual lado os votos estão caminhando”, complementa.
Vicente também comentou sobre a influência que Francisco tem no próximo papa. “Eu acredito que o papa Francisco veio com uma missão. Quando ele recebeu a igreja, ele fez alguns apontamentos sobre a organização da igreja, sobre a punição dos padres que cometeram pedofilia, coisas que o Bento XVI não conseguiu fazer. Isso foi um avanço considerável, acredito que o próximo papa dará continuidade desses avanços”, finaliza.
Assista à entrevista completa:
* Estagiário sob a supervisão de
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