{ "@context": "http://www.schema.org", "@graph": [{ "@type": "BreadcrumbList", "@id": "", "itemListElement": [{ "@type": "ListItem", "@id": "/#listItem", "position": 1, "item": { "@type": "WebPage", "@id": "/", "name": "In\u00edcio", "description": "O Correio Braziliense (CB) é o mais importante canal de notícias de Brasília. Aqui você encontra as últimas notícias do DF, do Brasil e do mundo.", "url": "/" }, "nextItem": "/ciencia-e-saude/#listItem" }, { "@type": "ListItem", "@id": "/ciencia-e-saude/#listItem", "position": 2, "item": { "@type": "WebPage", "@id": "/ciencia-e-saude/", "name": "Ciência e Saúde", "description": "Fique por dentro sobre as últimas novidades, pesquisas e análises ", "url": "/ciencia-e-saude/" }, "previousItem": "/#listItem" } ] }, { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": "/ciencia-e-saude/2024/12/7009879-pesquisas-mostram-que-do-grao-a-bebida-cafe-faz-bem.html", "name": "Pesquisas mostram que, do grão à bebida, café faz bem", "headline": "Pesquisas mostram que, do grão à bebida, café faz bem", "description": "", "alternateName": "EFEITOS BENÉFICOS", "alternativeHeadline": "EFEITOS BENÉFICOS", "datePublished": "2024-12-15T06:00:00Z", "articleBody": "<p class="texto">O café é a segunda bebida mais consumida em todo o mundo, perdendo somente para a água. De acordo com a Organização Internacional do Café (OIC), foram produzidas, entre outubro de 2023 e setembro de 2024, cerca de 178 milhões de sacas de 60kg do grão. No entanto, a bebida é alvo de elogios e polêmicas, e, agora, a dualidade sobre os efeitos benéficos à saúde chegou à ciência. Pesquisas recentes associam o líquido tão apreciado a um bom funcionamento do organismo, enquanto outras apontam que o exagero no consumo acarreta problemas.</p> <ul> <li><strong>Leia também: </strong><a href="/ciencia-e-saude/2024/12/7011404-estudo-mostra-que-omega-3-conseguiu-reduzir-crescimento-de-tumor-de-pacientes.html" target="_self">Estudo mostra que ômega-3 conseguiu reduzir crescimento de tumor de pacientes</a></li> <li><strong>Leia também:</strong> <a href="/ciencia-e-saude/2024/12/7011463-psa-alto-medico-explica-o-que-pode-ser.html" target="_self">PSA alto: médico explica o que pode ser</a><br /></li> </ul> <p class="texto">O consumo moderado de café e cafeína tem sido associado a alguns benefícios para o corpo humano, especialmente no que diz respeito à redução do risco de doenças cardiometabólicas. Um estudo recente, publicado no <em>Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism</em>, revelou que a ingestão regular do produto, sobretudo de forma moderada, pode proteger contra diabetes tipo 2, doenças cardíacas coronárias e derrames.</p> <p class="texto">A pesquisa, liderada por cientistas de universidades chinesas e suecas, revelou que a ingestão de três xícaras de café, algo entre 200 e 300 mg de cafeína, por dia, ajuda a minimizar as chances de multimorbidade cardiometabólica (CM) — a combinação de duas ou mais doenças crônicas, mais frequente em idosos. Segundo a publicação, essa ingestão moderada está associada a uma redução de até 48% no risco de CM.</p> <p class="texto">O estudo foi feito com dados de um banco de informações do Reino Unido, o UK Biobank, que incluiu mais de 500 mil participantes entre 37 e 73 anos. Os voluntários que consumiram café ou cafeína moderadamente tiveram menor risco de desenvolver doenças cardiometabólicas, se comparados com aqueles que ingeriam pouca ou nenhuma quantidade de cafeína. A pesquisa sugere que a ingestão regular da bebida pode ter um efeito protetor em quase todas as fases do desenvolvimento de doenças cardiometabólicas, contribuindo para qualidade de vida e longevidade.</p> <p class="texto">Arthur Felipe Giambona Rente, cardiologista e curador cardiol mobile, da Sociedade Brasileira de Cardiologia, destaca que o café contém antioxidantes. "Como os polifenóis, que possuem propriedades anti-inflamatórias e contribuem para a redução do estresse oxidativo, fator associado ao desenvolvimento de doenças cardíacas, essas substâncias podem ajudar a melhorar a saúde arterial, diminuindo o risco de formação de placas ateroscleróticas. Além de aumentar a disposição e cognição."</p> <p class="texto">Outra pesquisa global focou no impacto do consumo de bebidas como refrigerantes, sucos e café sobre o risco de derrames. Realizada em colaboração com a Universidade de Galway, na Irlanda, e a Universidade McMaster, no Canadá, o estudo concluiu que a ingestão excessiva desses produtos está diretamente ligada a um aumento nas chances de acidente vascular cerebral (AVC).</p> <h3><strong>Resultados</strong></h3> <p class="texto">Os resultados do estudo, parte do projeto Interstroke, mostraram que o consumo de mais de quatro xícaras de café por dia também está associado a um risco maior de derrame. O trabalho, um dos maiores sobre fatores de risco para derrame, envolveu quase 27 mil pessoas de 27 países, com diferentes perfis de risco cardiovascular.</p> <p class="texto">A análise do consumo de cafeína e suas implicações para a saúde apontou para uma possível proteção contra o desenvolvimento de doenças cardiometabólicas e derrames, embora o excesso de café não traga benefícios e possa até ser prejudicial. Mais de quatro xícaras de café por dia foram associadas a um risco aumentado de derrame, mostrando que a moderação é crucial para aproveitar os benefícios da cafeína sem os efeitos adversos.</p> <ul> <li> <p class="texto"><strong><a href="https://whatsapp.com/channel/0029VaB1U9a002T64ex1Sy2w">Siga o canal do Correio no WhatsApp e receba as principais notícias do dia no seu celular</a></strong></p> </li> </ul> <p class="texto">Curiosamente, o trabalho também destacou os benefícios do chá para a redução do risco de derrame. O consumo de três ou quatro xícaras de chá preto ou verde por dia foi associado a uma diminuição de até 29% no risco de derrame. No entanto, os efeitos benéficos dos antioxidantes presentes no chá podem ser anulados quando leite é adicionado. A pesquisa sugeriu que a bebida pode ter vantagens específicas dependendo da região geográfica, com a redução do risco sendo mais pronunciada na China e na América do Sul, enquanto em algumas áreas do Sul da Ásia o chá foi ligado a maiores chances de AVC.</p> <p class="texto">A pesquisa também indica que, para as populações em geral, hábitos alimentares saudáveis, como evitar o consumo excessivo de bebidas adoçadas e adotar um consumo moderado de café, chá e cafeína, podem ser estratégias importantes para a prevenção de doenças cardiometabólicas e derrames.</p> <p class="texto">Firmino Haag, cardiologista do Hospital Albert Sabin, de São Paulo, assinala que o abuso da cafeína traz grandes malefícios. "Ela causa dependência em algumas pessoas, levando à síndrome de abstinência se o consumo for reduzido abruptamente."</p> <p class="texto">Em seguida, o médico acrescenta: "O café pode irritar o estômago de algumas pessoas, causando azia ou refluxo. Além disso, altas doses de cafeína podem exacerbar sintomas de ansiedade em indivíduos predispostos e algumas pesquisas indicam que o consumo elevado pode temporariamente elevar a pressão arterial." Para Haag, é possível viver bem ingerindo a bebida de forma adequada. "Moderando o consumo de café e prestando atenção à resposta do seu corpo, é possível desfrutar dos seus benefícios minimizando os malefícios."</p> <p class="texto"><div class="read-more"> <h4>Saiba Mais</h4> <ul> <li> <a href="/ciencia-e-saude/2024/12/7011290-4-receitas-ricas-em-ferro-para-o-almoco.html"> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2024/12/13/feijaobrancocomcarne-42979549.jpg?20241213131726" alt="" width="150" height="100"></amp-img> <div class="words"> <strong>Ciência e Saúde</strong> <span>4 receitas ricas em ferro para o almoço</span> </div> </a> </li> <li> <a href="/ciencia-e-saude/2024/12/7011282-sono-profundo-ajuda-na-memoria-desvendam-os-cientistas.html"> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/png/2024/12/13/low_res_neurons_charite_sabinegrosser-42978528.png?20241213130921" alt="" width="150" height="100"></amp-img> <div class="words"> <strong>Ciência e Saúde</strong> <span>Sono profundo ajuda na memória, desvendam os cientistas</span> </div> </a> </li> <li> <a href="/mundo/2024/12/7011227-a-nova-geracao-de-dirigiveis-que-promete-transformar-as-viagens-aereas.html"> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/png/2024/12/13/56d6c420_b95c_11ef_a0f2_fd81ae5962f4-42977908.png?20241213120854" alt="" width="150" height="100"></amp-img> <div class="words"> <strong>Ciência e Saúde</strong> <span>A nova geração de dirigíveis que promete transformar as viagens aéreas</span> </div> </a> </li> </ul> </div></p> <h3>Três perguntas para Eline Soriano, nutróloga e diretora da Associação Brasileira de Nutrologia (Abran)</h3> <p class="texto"><strong>Qual o melhor horário para ingestão?</strong><br />O café é mais eficiente quando ingerido pela manhã ou no início da tarde. Tomar em jejum pode causar desconforto estomacal em pessoas sensíveis. Deve-se evitar o consumo à noite ou próximo ao horário de dormir, pois a cafeína pode atrapalhar o sono.</p> <p class="texto"><strong>Qual a quantidade adequada e por qual tipo de café optar?</strong><br />A dose ideal varia para cada pessoa, mas, de maneira geral, o consumo de até três xícaras por dia, ou cerca de 300 mg de cafeína, é considerado seguro para a maioria dos adultos saudáveis. Prefira café filtrado, pois ele contém menos substâncias que podem aumentar o colesterol, como os diterpenos. Evite adicionar muito açúcar ou cremes para não transformar uma bebida saudável em uma fonte de calorias vazias. Hidrate-se adequadamente, pois a cafeína tem um leve efeito diurético.</p> <p class="texto"><strong>O consumo é contraindicado em alguma ocasião?</strong><br />Para gestantes e lactantes a ingestão exagerada de cafeína pode afetar o desenvolvimento do bebê e aumentar o risco de complicações na gravidez. Pessoas com insônia ou ansiedade podem ter piora no quadro devido ao efeito estimulante. O consumo de café agrava a condição de indivíduos com gastrite ou refluxo. Hipertensos descontrolados devem tomar cuidado, pois o café é capaz de aumentar a pressão arterial, temporariamente. (<strong>IA</strong>)</p> <h3>Cultivo em risco</h3> <p class="texto">Os apreciadores do café bebem mais de 2,2 bilhões de xícaras diariamente no mundo. Os grãos cultivados, colhidos, torrados, moídos e filtrados vêm de duas espécies — Coffea arabica e Coffea canephora, também conhecido como café robusta, ou conilon. No entanto, até 2050, cientistas preveem que cerca de 80% da produção de arábica, o mais apreciado, diminuirá devido às mudanças climáticas. A pesquisa, publicada na revista Crop Science revela a busca por alternativas para suprir o futuro consumo da bebida.</p> <p class="texto">Os pesquisadores veem duas alternativas para contornar a situação. A primeira é adaptar o cultivo a novos ambientes e a outra é focar em espécies que são mais resilientes. "Se você considerar que hoje em dia, cerca de 60% dos grãos de café comercializados ao redor do mundo são de Coffea arabica, a indústria do café está buscando alternativas", frisou Felipe Ferrao, autor principal do estudo e pesquisador em ciências hortícolas da Universidade da Flórida, nos Estados Unidos. "O café robusta surge como um bom candidato."</p> <p class="texto">Conforme a pesquisa, realizada em parceria com pesquisadores do RD2 Vision, na França, e do Incaper Institution, no Brasil, nas últimas décadas, a produção de café robusta cresceu aproximadamente 30%. "No geral, a espécie produz mais café que o arábica, usando menos insumos, como fertilizantes e água. Como o próprio nome sugere, a planta é mais robusta", disse Ferrao.</p> <ul> <li><strong>Leia também:</strong> <a href="/ciencia-e-saude/2024/12/7011404-estudo-mostra-que-omega-3-conseguiu-reduzir-crescimento-de-tumor-de-pacientes.html">Estudo mostra que ômega-3 conseguiu reduzir crescimento de tumor de pacientes</a></li> </ul> <p class="texto">Para o trabalho, a equipe analisou o robusta e o arábica em três locais no Brasil, durante cinco anos. Eles queriam descobrir se as cultivares —áreas de cultivo— de robusta poderiam ter um bom rendimento quando produzidas em climas alternativos e se o gosto seria agradável. Os resultados mostraram que a espécie é muito adaptável e cresce em regiões de alta altitude.</p> <p class="texto">"O robusta é flexível porque tem uma grande diversidade e, portanto, diferentes plantas podem ser selecionadas, dependendo das condições climáticas. Com isso dito, podemos lançar alguma luz sobre a questão fundamental sobre o café do futuro — café climaticamente inteligente", destacou o líder da pesquisa.</p> <p class="texto">Os cientistas sugerem que o robusta combina três elementos importantes: sustentabilidade, pois produz mais com menos insumos; qualidade, mostrando bom sabor para atender à demanda do consumidor e plasticidade, a capacidade de adaptação a novos sistemas de produção. Com os bons resultados obtidos no Brasil, os cientistas querem ver se a espécie terá um bom desempenho na Flórida.</p> <p class="texto">Lucas Tadeu, chefe adjunto de Transferência de Tecnologia da Embrapa Café, destacou que, apesar do cenário ser preocupante frente às mudanças climáticas, o café é uma cultura bastante resiliente. "Já tivemos intercorrências climáticas, como em meados de 1970, quando o Paraná, que era o maior estado produtor de café, sofreu com a geada negra. A partir daí, a produção se deslocou para outras regiões."</p> <p class="texto">"Além disso, temos um amplo programa de pesquisa que atua nas principais regiões produtoras de café do Brasil, desenvolvendo materiais e cultivares adaptados a essas regiões. O café robusta é produzido fortemente no Espírito Santo e Rondônia e tem tendência de se expandir para outras regiões produtoras", completou o especialista. (<strong>IA</strong>)</p> <p class="texto"><div class="read-more"> <h4>Saiba Mais</h4> <ul> <li> <a href="/ciencia-e-saude/2024/12/7011847-5-receitas-praticas-de-bolo-de-cenoura-com-cobertura.html"> <amp-img src="https://midias.em.com.br/_midias/jpg/2024/12/14/bolo_de_cenoura_americano-43009456.jpg?20241214070608" alt="" width="150" height="100"></amp-img> <div class="words"> <strong>Ciência e Saúde</strong> <span>5 receitas práticas de bolo de cenoura com cobertura</span> </div> </a> </li> <li> <a href="/ciencia-e-saude/2024/12/7011664-7-saladas-fit-para-ajudar-a-emagrecer.html"> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2024/12/13/salada_verde_com_manga-43003733.jpg?20241213191302" alt="" width="150" height="100"></amp-img> <div class="words"> <strong>Ciência e Saúde</strong> <span>7 saladas fit para ajudar a emagrecer</span> </div> </a> </li> <li> <a href="/ciencia-e-saude/2024/12/7011539-ultima-grande-chuva-de-meteoros-do-ano-tera-pico-na-noite-desta-sexta-13.html"> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2024/12/13/31504253881_13812ef226_o-42998189.jpg?20241213170031" alt="" width="150" height="100"></amp-img> <div class="words"> <strong>Ciência e Saúde</strong> <span>Última grande chuva de meteoros do ano terá pico na noite desta sexta (13)</span> </div> </a> </li> <li> <a href="/ciencia-e-saude/2024/12/7011499-regeneracao-de-lago-no-para-e-exemplo.html"> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2024/12/13/pa__gina_39-42998327.jpg?20241213170943" alt="" width="150" height="100"></amp-img> <div class="words"> <strong>Ciência e Saúde</strong> <span>Regeneração de lago no Pará é exemplo </span> </div> </a> </li> <li> <a href="/ciencia-e-saude/2024/12/7011463-psa-alto-medico-explica-o-que-pode-ser.html"> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2024/12/13/cycling_bicycle_riding_sport_preview-42990147.jpg?20241213161541" alt="" width="150" height="100"></amp-img> <div class="words"> <strong>Ciência e Saúde</strong> <span>PSA alto: médico explica o que pode ser </span> </div> </a> </li> <li> <a href="/ciencia-e-saude/2024/12/7011404-estudo-mostra-que-omega-3-conseguiu-reduzir-crescimento-de-tumor-de-pacientes.html"> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2024/12/13/vege-42984971.jpg?20241214150341" alt="" width="150" height="100"></amp-img> <div class="words"> <strong>Ciência e Saúde</strong> <span>Estudo mostra que ômega-3 conseguiu reduzir crescimento de tumor de pacientes</span> </div> </a> </li> </ul> </div></p>", "isAccessibleForFree": true, "image": [ "https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2024/12/12/1200x801/1_mocacas_cafe-42943622.jpg?20241212160116?20241212160116", "https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2024/12/12/1000x1000/1_mocacas_cafe-42943622.jpg?20241212160116?20241212160116", "https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2024/12/12/800x600/1_mocacas_cafe-42943622.jpg?20241212160116?20241212160116" ], "author": [ { "@type": "Person", "name": "Isabella Almeida", "url": "/autor?termo=isabella-almeida" } ], "publisher": { "logo": { "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fimgs2.correiobraziliense.com.br%2Famp%2Flogo_cb_json.png", "@type": "ImageObject" }, "name": "Correio Braziliense", "@type": "Organization" } }, { "@type": "Organization", "@id": "/#organization", "name": "Correio Braziliense", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "/_conteudo/logo_correo-600x60.png", "@id": "/#organizationLogo" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/correiobraziliense", "https://twitter.com/correiobraziliense.com.br", "https://instagram.com/correio.braziliense", "https://www.youtube.com/@correio.braziliense" ], "Point": { "@type": "Point", "telephone": "+556132141100", "Type": "office" } } ] } { "@context": "http://schema.org", "@graph": [{ "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Início", "url": "/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Cidades DF", "url": "/cidades-df/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Politica", "url": "/politica/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Brasil", "url": "/brasil/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Economia", "url": "/economia/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Mundo", "url": "/mundo/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Diversão e Arte", "url": "/diversao-e-arte/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Ciência e Saúde", "url": "/ciencia-e-saude/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Eu Estudante", "url": "/euestudante/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Concursos", "url": "/euestudante/concursos/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Esportes", "url": "/esportes/" } ] } 1e124r

Pesquisas mostram que 21z5z do grão à bebida, café faz bem
EFEITOS BENÉFICOS

Pesquisas mostram que, do grão à bebida, café faz bem g5a52

Ingestão moderada pode proteger contra diabetes tipo 2, doenças cardíacas coronárias e derrames, diz um estudo. Outro conclui que três xícaras pequenas ajudam a prevenir contra enfermidades crônicas 6x3k5c

O café é a segunda bebida mais consumida em todo o mundo, perdendo somente para a água. De acordo com a Organização Internacional do Café (OIC), foram produzidas, entre outubro de 2023 e setembro de 2024, cerca de 178 milhões de sacas de 60kg do grão. No entanto, a bebida é alvo de elogios e polêmicas, e, agora, a dualidade sobre os efeitos benéficos à saúde chegou à ciência. Pesquisas recentes associam o líquido tão apreciado a um bom funcionamento do organismo, enquanto outras apontam que o exagero no consumo acarreta problemas.

O consumo moderado de café e cafeína tem sido associado a alguns benefícios para o corpo humano, especialmente no que diz respeito à redução do risco de doenças cardiometabólicas. Um estudo recente, publicado no Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism, revelou que a ingestão regular do produto, sobretudo de forma moderada, pode proteger contra diabetes tipo 2, doenças cardíacas coronárias e derrames.

A pesquisa, liderada por cientistas de universidades chinesas e suecas, revelou que a ingestão de três xícaras de café, algo entre 200 e 300 mg de cafeína, por dia, ajuda a minimizar as chances de multimorbidade cardiometabólica (CM) — a combinação de duas ou mais doenças crônicas, mais frequente em idosos. Segundo a publicação, essa ingestão moderada está associada a uma redução de até 48% no risco de CM.

O estudo foi feito com dados de um banco de informações do Reino Unido, o UK Biobank, que incluiu mais de 500 mil participantes entre 37 e 73 anos. Os voluntários que consumiram café ou cafeína moderadamente tiveram menor risco de desenvolver doenças cardiometabólicas, se comparados com aqueles que ingeriam pouca ou nenhuma quantidade de cafeína. A pesquisa sugere que a ingestão regular da bebida pode ter um efeito protetor em quase todas as fases do desenvolvimento de doenças cardiometabólicas, contribuindo para qualidade de vida e longevidade.

Arthur Felipe Giambona Rente, cardiologista e curador cardiol mobile, da Sociedade Brasileira de Cardiologia, destaca que o café contém antioxidantes. "Como os polifenóis, que possuem propriedades anti-inflamatórias e contribuem para a redução do estresse oxidativo, fator associado ao desenvolvimento de doenças cardíacas, essas substâncias podem ajudar a melhorar a saúde arterial, diminuindo o risco de formação de placas ateroscleróticas. Além de aumentar a disposição e cognição."

Outra pesquisa global focou no impacto do consumo de bebidas como refrigerantes, sucos e café sobre o risco de derrames. Realizada em colaboração com a Universidade de Galway, na Irlanda, e a Universidade McMaster, no Canadá, o estudo concluiu que a ingestão excessiva desses produtos está diretamente ligada a um aumento nas chances de acidente vascular cerebral (AVC).

Resultados 15281i

Os resultados do estudo, parte do projeto Interstroke, mostraram que o consumo de mais de quatro xícaras de café por dia também está associado a um risco maior de derrame. O trabalho, um dos maiores sobre fatores de risco para derrame, envolveu quase 27 mil pessoas de 27 países, com diferentes perfis de risco cardiovascular.

A análise do consumo de cafeína e suas implicações para a saúde apontou para uma possível proteção contra o desenvolvimento de doenças cardiometabólicas e derrames, embora o excesso de café não traga benefícios e possa até ser prejudicial. Mais de quatro xícaras de café por dia foram associadas a um risco aumentado de derrame, mostrando que a moderação é crucial para aproveitar os benefícios da cafeína sem os efeitos adversos.

Curiosamente, o trabalho também destacou os benefícios do chá para a redução do risco de derrame. O consumo de três ou quatro xícaras de chá preto ou verde por dia foi associado a uma diminuição de até 29% no risco de derrame. No entanto, os efeitos benéficos dos antioxidantes presentes no chá podem ser anulados quando leite é adicionado. A pesquisa sugeriu que a bebida pode ter vantagens específicas dependendo da região geográfica, com a redução do risco sendo mais pronunciada na China e na América do Sul, enquanto em algumas áreas do Sul da Ásia o chá foi ligado a maiores chances de AVC.

A pesquisa também indica que, para as populações em geral, hábitos alimentares saudáveis, como evitar o consumo excessivo de bebidas adoçadas e adotar um consumo moderado de café, chá e cafeína, podem ser estratégias importantes para a prevenção de doenças cardiometabólicas e derrames.

Firmino Haag, cardiologista do Hospital Albert Sabin, de São Paulo, assinala que o abuso da cafeína traz grandes malefícios. "Ela causa dependência em algumas pessoas, levando à síndrome de abstinência se o consumo for reduzido abruptamente."

Em seguida, o médico acrescenta: "O café pode irritar o estômago de algumas pessoas, causando azia ou refluxo. Além disso, altas doses de cafeína podem exacerbar sintomas de ansiedade em indivíduos predispostos e algumas pesquisas indicam que o consumo elevado pode temporariamente elevar a pressão arterial." Para Haag, é possível viver bem ingerindo a bebida de forma adequada. "Moderando o consumo de café e prestando atenção à resposta do seu corpo, é possível desfrutar dos seus benefícios minimizando os malefícios."

Três perguntas para Eline Soriano, nutróloga e diretora da Associação Brasileira de Nutrologia (Abran) 4p4m6p

Qual o melhor horário para ingestão?
O café é mais eficiente quando ingerido pela manhã ou no início da tarde. Tomar em jejum pode causar desconforto estomacal em pessoas sensíveis. Deve-se evitar o consumo à noite ou próximo ao horário de dormir, pois a cafeína pode atrapalhar o sono.

Qual a quantidade adequada e por qual tipo de café optar?
A dose ideal varia para cada pessoa, mas, de maneira geral, o consumo de até três xícaras por dia, ou cerca de 300 mg de cafeína, é considerado seguro para a maioria dos adultos saudáveis. Prefira café filtrado, pois ele contém menos substâncias que podem aumentar o colesterol, como os diterpenos. Evite adicionar muito açúcar ou cremes para não transformar uma bebida saudável em uma fonte de calorias vazias. Hidrate-se adequadamente, pois a cafeína tem um leve efeito diurético.

O consumo é contraindicado em alguma ocasião?
Para gestantes e lactantes a ingestão exagerada de cafeína pode afetar o desenvolvimento do bebê e aumentar o risco de complicações na gravidez. Pessoas com insônia ou ansiedade podem ter piora no quadro devido ao efeito estimulante. O consumo de café agrava a condição de indivíduos com gastrite ou refluxo. Hipertensos descontrolados devem tomar cuidado, pois o café é capaz de aumentar a pressão arterial, temporariamente. (IA)

Cultivo em risco 326v72

Os apreciadores do café bebem mais de 2,2 bilhões de xícaras diariamente no mundo. Os grãos cultivados, colhidos, torrados, moídos e filtrados vêm de duas espécies — Coffea arabica e Coffea canephora, também conhecido como café robusta, ou conilon. No entanto, até 2050, cientistas preveem que cerca de 80% da produção de arábica, o mais apreciado, diminuirá devido às mudanças climáticas. A pesquisa, publicada na revista Crop Science revela a busca por alternativas para suprir o futuro consumo da bebida.

Os pesquisadores veem duas alternativas para contornar a situação. A primeira é adaptar o cultivo a novos ambientes e a outra é focar em espécies que são mais resilientes. "Se você considerar que hoje em dia, cerca de 60% dos grãos de café comercializados ao redor do mundo são de Coffea arabica, a indústria do café está buscando alternativas", frisou Felipe Ferrao, autor principal do estudo e pesquisador em ciências hortícolas da Universidade da Flórida, nos Estados Unidos. "O café robusta surge como um bom candidato."

Conforme a pesquisa, realizada em parceria com pesquisadores do RD2 Vision, na França, e do Incaper Institution, no Brasil, nas últimas décadas, a produção de café robusta cresceu aproximadamente 30%. "No geral, a espécie produz mais café que o arábica, usando menos insumos, como fertilizantes e água. Como o próprio nome sugere, a planta é mais robusta", disse Ferrao.

Para o trabalho, a equipe analisou o robusta e o arábica em três locais no Brasil, durante cinco anos. Eles queriam descobrir se as cultivares —áreas de cultivo— de robusta poderiam ter um bom rendimento quando produzidas em climas alternativos e se o gosto seria agradável. Os resultados mostraram que a espécie é muito adaptável e cresce em regiões de alta altitude.

"O robusta é flexível porque tem uma grande diversidade e, portanto, diferentes plantas podem ser selecionadas, dependendo das condições climáticas. Com isso dito, podemos lançar alguma luz sobre a questão fundamental sobre o café do futuro — café climaticamente inteligente", destacou o líder da pesquisa.

Os cientistas sugerem que o robusta combina três elementos importantes: sustentabilidade, pois produz mais com menos insumos; qualidade, mostrando bom sabor para atender à demanda do consumidor e plasticidade, a capacidade de adaptação a novos sistemas de produção. Com os bons resultados obtidos no Brasil, os cientistas querem ver se a espécie terá um bom desempenho na Flórida.

Lucas Tadeu, chefe adjunto de Transferência de Tecnologia da Embrapa Café, destacou que, apesar do cenário ser preocupante frente às mudanças climáticas, o café é uma cultura bastante resiliente. "Já tivemos intercorrências climáticas, como em meados de 1970, quando o Paraná, que era o maior estado produtor de café, sofreu com a geada negra. A partir daí, a produção se deslocou para outras regiões."

"Além disso, temos um amplo programa de pesquisa que atua nas principais regiões produtoras de café do Brasil, desenvolvendo materiais e cultivares adaptados a essas regiões. O café robusta é produzido fortemente no Espírito Santo e Rondônia e tem tendência de se expandir para outras regiões produtoras", completou o especialista. (IA)

Mais Lidas 5f2u28