
Por José Gustavo — A cirurgia bariátrica atende pacientes que não alcançaram perda de peso duradoura por meios convencionais. Assim, indica-se o procedimento para quem tem IMC igual ou superior a 40 kg/m². Também são avaliados candidatos com IMC entre 35 e 40 kg/m² quando há doenças associadas, como diabetes ou hipertensão.
Além disso, adolescentes a partir de 14 anos podem ser considerados, porém somente após autorização dos responsáveis e avaliação multidisciplinar. Então, garante-se segurança e preparo psicológico antes de qualquer intervenção.
- Leia também: Idade mínima para fazer bariátrica é reduzida; veja novas regras
- Leia também: Hran inaugura nova unidade especializada em cirurgia bariátrica
Quais são os principais tipos de cirurgia bariátrica?
- Banda gástrica: coloca-se uma banda ajustável ao redor do estômago, reduzindo sua capacidade. É menos invasiva, porém traz perda de peso mais lenta
- By gástrico: reduz-se o estômago e conecta-se o intestino à parte menor, diminuindo a absorção de calorias e promovendo resultados expressivos
- Sleeve gástrico: remove-se grande parte do estômago, mantendo o trajeto natural até o intestino e então equilibrando efeitos e riscos
- Derivação biliopancreática: retira-se parte do estômago e do intestino delgado, limitando severamente a absorção de nutrientes e calorias, ideal para casos extremos
Assim, cada técnica oferece indicações específicas conforme perfil e objetivos do paciente.
Quais benefícios a cirurgia bariátrica traz além da perda de peso?
A cirurgia bariátrica melhora diversas condições de saúde, conforme comprovam estudos. Entre os principais ganhos, destaca-se:
- Controle ou remissão de diabetes tipo 2
- Redução da pressão arterial em hipertensos
- Melhora na apneia do sono e no padrão respiratório
- Aumento da autoestima e da mobilidade
- Melhor interação social e redução de sintomas depressivos
Então, a intervenção impacta positivamente a saúde física e mental, elevando a qualidade de vida.
Quais riscos e complicações podem ocorrer?
Como qualquer cirurgia, esse procedimento apresenta riscos, entre eles:
- Embolia pulmonar: coágulos podem viajar aos pulmões
- Sangramento interno ou fístulas: exigem revisões cirúrgicas
- Deficiências nutricionais: demandam suplementação contínua
- Complicações anestésicas: mais frequentes em pacientes obesos
Protocolos rigorosos de pré-operatório e acompanhamento podem minimizar esses eventos.
Como se preparar e manter resultados após a cirurgia?
O sucesso a longo prazo depende de mudanças de hábito. Nutricionistas e psicólogos podem orientar sobre dietas e estilo de vida. É indicado apoio psicológico para lidar com mudanças emocionais.
Exercícios físicos graduais e exames regulares ajudam a monitorar vitaminas e minerais. Esse e multidisciplinar garante que o paciente mantenha a perda de peso e viva com saúde.