
Mais de três décadas após protagonizarem um dos crimes familiares mais chocantes da história dos Estados Unidos, os irmãos Erik e Lyle Menendez voltam aos holofotes com uma notícia que deixou o mundo em suspense. Condenados à prisão perpétua pelo assassinato brutal dos próprios pais em 1989, eles agora têm um novo destino pela frente: o direito à liberdade condicional.
A decisão foi anunciada pelo juiz Michael Jesic, da Suprema Corte do Condado de Los Angeles, que trocou a pena de prisão perpétua sem direito a condicional por uma nova sentença de 50 anos. Com isso, os irmãos, que estão presos desde 1990, finalmente se tornam elegíveis para pedir liberdade.
Hoje com 57 e 54 anos, Lyle e Erik contaram com o apoio de familiares que testemunharam a favor da dupla no novo julgamento. Os parentes alegaram que os dois demonstraram sinais claros de remorso e reabilitação. Mais do que isso: levantaram o debate sobre abuso sexual infantil, ponto central da defesa dos Menendez, que sempre afirmaram ter agido em legítima defesa após anos de violência psicológica e física por parte do pai.
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A reviravolta na pena também foi possível graças à legislação da Califórnia, que permite revisão de penas severas aplicadas a réus com menos de 26 anos na época do crime. Resta agora o Conselho Estadual de Liberdade Condicional analisar o caso e decidir se os dois irmãos mais infames da década de 90 finalmente deixarão a prisão.
O caso Menendez, que inspirou séries, documentários e debates acalorados sobre violência doméstica e justiça, volta a esquentar com essa nova possibilidade de liberdade. A pergunta que paira no ar é: o mundo está pronto para ver os irmãos Menendez em liberdade?