"Facebook é tóxico", diz ex-funcionária

Correio Braziliense
postado em 06/10/2021 06:00

A ex-funcionária do Facebook s Haugen detalhou em um no Senado dos EUA, ontem, documentos internos reunidos por ela que mostram uma série de impactos negativos gerados por produtos da empresa — revelações que os senadores disseram ter criado um impulso para regulamentações mais rígidas sobre a gigante da tecnologia.

Os parlamentares pediram o fortalecimento das leis de privacidade e concorrência, proteções on-line especiais para crianças, mais transparência nos algoritmos de mídia social e endurecimento da responsabilidade das plataformas.

“O Facebook sabe que os seus produtos podem ser tóxicos e viciantes para as crianças”, disse o senador Richard Blumenthal (Connecticut), presidente do Subcomitê de Proteção ao Consumidor do Senado que conduziu a audiência.

Ele convocou o fundador do Facebook, Mark Zuckerberg, a comparecer perante o Congresso para testemunhar, classificando a empresa como “moralmente falida”.

Além dos documentos que mostram que o aplicativo Instagram, pertencente ao Facebook, causa depressão e ansiedade em garotas adolescentes, s Haugen divulgou outros arquivos da empresa, incluindo regras de moderação que favorecem as elites, algoritmos que promovem discórdia e informações de como os cartéis de drogas e traficantes de pessoas usam os serviços da rede social abertamente.

s Haugen trabalhou até abril como gerente de produto contratada para ajudar na proteção contra a interferência eleitoral no Facebook.

“Continuamos a fazer melhorias significativas para combater a disseminação de informações incorretas e conteúdo prejudicial”, disse a empresa em comunicado.

O depoimento motiva republicanos e democratas a atualizarem a lei de 1998 conhecida como Coppa e que rege os sites que coletam dados de crianças.

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