
O presidente em exercício, Geraldo Alckmin, avalia que a solução para o aumento da alíquota de importação do aço pelos Estados Unidos em relação às exportações brasileiras envolve o incentivo ao diálogo com as autoridades norte-americanas. Nesta quarta-feira (4/6), entrou em vigor nos EUA uma tarifa adicional de 50% sobre a compra de aço proveniente do exterior. Desde março, essa taxa era de 25%.
Ainda no mês de março, quando o governo do presidente Donald Trump aprovou uma tarifa adicional de 25% sobre importações de aço e alumínio, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic), comandado por Alckmin, e o Ministério das Relações Exteriores (MRE) entraram em ação para tentar fechar um acordo com os norte-americanos.
Desde então, o governo brasileiro não teve sucesso em encontrar uma saída para a medida. Apenas o Reino Unido conseguiu chegar a um acordo e terá as alíquotas fixadas em 25%.
Após participar da inauguração de uma usina de energia solar em Arinos (MG), Alckmin lembrou que os EUA foram os segundos maiores compradores do aço brasileiro em 2024, com 3,4 milhões de toneladas de placas importadas. Além disso, ressaltou que deve manter as conversas com o Escritório de Representação de Comércio dos EUA (USTR, na sigla em inglês), com o objetivo de chegar a um acordo.
“Já tivemos reuniões presenciais e por videoconferência e vamos aprofundar esse diálogo e destacar que o Brasil não é problema para os Estados Unidos, porque, dos 10 produtos que eles mais exportam para nós, oito a tarifa de importação é 0%”, destacou o presidente em exercício.
Até o primeiro trimestre deste ano, vigorava um acordo entre os dois países que estabelecia cotas de exportação, que inclusive, foi definido ainda em 2018, durante o primeiro governo Trump, ainda sob a presidência de Michel Temer no Brasil. O acordo extinguiu as tarifas adicionais, mas definiu um limite de volume exportado, por meio das cotas.