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Presidente do Sporting Cristal liga para vice do Palmeiras e afirma punição para caso de racismo

Caso de racismo em Sporting Cristal x Palmeiras

Caso de racismo em Sporting Cristal x Palmeiras -  (crédito: Foto: Reprodução)
Caso de racismo em Sporting Cristal x Palmeiras - (crédito: Foto: Reprodução)

Um dia após mais uma cena de racismo em estádios de futebol na América do Sul, o presidente do Sporting Cristal, Joel Raffo, fez uma ligação para Paulo Buosi, vice-presidente do Palmeiras, a fim de se desculpar pelo episódio na noite de quinta-feira (3), na estreia das equipes na fase de grupos da Libertadores.

Logo após o apito final da partida vencida pelo time brasileiro, um homem que estava no meio da torcida do clube peruano imitiu um macaco em direção ao setor visitante das arquibancadas do Estádio Alberto Gallardo, em Lima. No local, estavam os palmeirenses. A filmagem da ocorrência foi do torcedor Rodrigo Wirth, que publicou imediatamente nas redes sociais.

O mandatário do Cristal afirmou estar com vergonha e indignado com o ocorrido e prometeu que fará a identificação do autor do ato criminoso para fins de punição exemplar.

O Palmeiras divulgou nota oficial em repúdio ao episódio e cobarando medidas eficazes das autoridades peruanas, da Conmebol e do Sporting Cristal.

“A reincidência deste crime, cometido nesta quinta-feira (3) por um torcedor do Sporting Cristal-PER, que imitou um macaco em direção a palmeirenses presentes no estádio, demonstra novamente que as medidas adotadas até o momento são inadequadas e insuficientes para combater os insistentes episódios de discriminação racial ocorridos nos gramados sul-americanos”, afirma o comunicado.

Conmebol abre processo disciplinar

A Conmebol, por sua vez, confirmou a abertura de um processo disciplinar investigativo. A expectativa é a de que a entidade aplique sanções com amparo no artigo 15 do seu Código Disciplinar, que dispõe especificamente sobre episódios de discriminação racial.

O regulamento prevê, ainda, multa de 100 mil dólares (R$ 563.700,00) a clubes cujos torcedores atentem contra a dignidade humana por motivo de cor da pele, raça, sexo, orientação sexual, etnia, idioma, credo ou origem.

Além disso, se houver reincidência, a punição poderá chegar a 400 mil dólares (R$ 2.253.600,00) e portões fechados, bem como a proiobição da entrada de torcedores e fechamento parcial do estádio.

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RJ
postado em 05/04/2025 00:09
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