/* 1rem = 16px, 0.625rem = 10px, 0.5rem = 8px, 0.25rem = 4px, 0.125rem = 2px, 0.0625rem = 1px */ :root { --cor: #073267; --fonte: "Roboto", sans-serif; --menu: 12rem; /* Tamanho Menu */ } @media screen and (min-width: 600px){ .site{ width: 50%; margin-left: 25%; } .logo{ width: 50%; } .hamburger{ display: none; } } @media screen and (max-width: 600px){ .logo{ width: 100%; } } p { text-align: justify; } .logo { display: flex; position: absolute; /* Tem logo que fica melhor sem position absolute*/ align-items: center; justify-content: center; } .hamburger { font-size: 1.5rem; padding-left: 0.5rem; z-index: 2; } .sidebar { padding: 10px; margin: 0; z-index: 2; } .sidebar>li { list-style: none; margin-bottom: 10px; z-index: 2; } .sidebar a { text-decoration: none; color: #fff; z-index: 2; } .close-sidebar { font-size: 1.625em; padding-left: 5px; height: 2rem; z-index: 3; padding-top: 2px; } #sidebar1 { width: var(--menu); background: var(--cor); color: #fff; } #sidebar1 amp-img { width: var(--menu); height: 2rem; position: absolute; top: 5px; z-index: -1; } .fonte { font-family: var(--fonte); } .header { display: flex; background: var(--cor); color: #fff; align-items: center; height: 3.4rem; } .noticia { margin: 0.5rem; } .assunto { text-decoration: none; color: var(--cor); text-transform: uppercase; font-size: 1rem; font-weight: 800; display: block; } .titulo { color: #333; } .autor { color: var(--cor); font-weight: 600; } .chamada { color: #333; font-weight: 600; font-size: 1.2rem; line-height: 1.3; } .texto { line-height: 1.3; } .galeria {} .retranca {} .share { display: flex; justify-content: space-around; padding-bottom: 0.625rem; padding-top: 0.625rem; } .tags { display: flex; flex-wrap: wrap; flex-direction: row; text-decoration: none; } .tags ul { display: flex; flex-wrap: wrap; list-style-type: disc; margin-block-start: 0.5rem; margin-block-end: 0.5rem; margin-inline-start: 0px; margin-inline-end: 0px; padding-inline-start: 0px; flex-direction: row; } .tags ul li { display: flex; flex-wrap: wrap; flex-direction: row; padding-inline-end: 2px; padding-bottom: 3px; padding-top: 3px; } .tags ul li a { color: var(--cor); text-decoration: none; } .tags ul li a:visited { color: var(--cor); } .citacao {} /* Botões de compartilhamento arrendodados com a cor padrão do site */ amp-social-share.rounded { border-radius: 50%; background-size: 60%; color: #fff; background-color: var(--cor); } --> { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": "/euestudante/educacao-basica/2024/06/6867356-aula-no-terreiro-projeto-leva-estudantes-para-visitar-comunidade-de-candomble.html", "name": "Aula no terreiro: projeto leva estudantes para visitar comunidade de candomblé", "headline": "Aula no terreiro: projeto leva estudantes para visitar comunidade de candomblé", "alternateName": "CULTURA AFRO", "alternativeHeadline": "CULTURA AFRO", "datePublished": "2024-06-01-0306:00:00-10800", "articleBody": "<p class="texto">Alunos do Centro de Ensino M&eacute;dio (CEM) 2 de Planaltina viveram uma experi&ecirc;ncia de contato com a arte e a cultura afro-brasileira na &uacute;ltima ter&ccedil;a-feira. Por meio do projeto Ogbon Mimo &mdash; Sabedoria Sagrada, 68 estudantes da escola&nbsp;participaram de&nbsp;uma visita guiada &agrave; casa de candombl&eacute; Il&ecirc; Od&eacute; Ax&eacute; Opo Inle, em Planaltina.</p> <ul> <li><a href="/opiniao/2024/05/6857952-intolerancia-religiosa-nao-cabe-no-brasil-plural.html">Intoler&acirc;ncia religiosa n&atilde;o cabe no Brasil plural</a></li> <li><a href="/euestudante/educacao-basica/2023/11/6662069-afroeducacao-ainda-e-pouco-presente-nas-escolas-publicas-do-df.html">Afroeduca&ccedil;&atilde;o ainda &eacute; pouco presente nas escolas p&uacute;blicas do DF</a></li> <li><a href="/euestudante/trabalho-e-formacao/2023/12/6668723-conheca-a-professora-que-forma-educadores-do-df-para-uma-educacao-antirracista.html">Conhe&ccedil;a a pesquisadora que forma professores do DF para uma educa&ccedil;&atilde;o antirracista</a></li> </ul> <p class="texto">Em uma esp&eacute;cie de tour dividido em esta&ccedil;&otilde;es, os visitantes aprenderam sobre os orix&aacute;s, os instrumentos musicais e a culin&aacute;ria da comunidade, e apreciaram fotos, quadros, desenhos e pe&ccedil;as artesanais de pa&iacute;ses africanos.&nbsp;A ideia &eacute; promover o respeito &agrave; diversidade e desconstruir preconceitos e combater a intoler&acirc;ncia religiosa. A iniciativa conta com apoio da Funda&ccedil;&atilde;o Palmares e do Minist&eacute;rio da Cultura, em sintonia com a Lei n&ordm; 10.639, de 2003, que torna obrigat&oacute;rio o ensino da hist&oacute;ria e da cultura afro-brasileira nas escolas.</p> <p class="texto">O Babakekere (pai pequeno, o segundo na hierarquia da casa) e produtor do projeto, Renato Gomes, explica que a iniciativa surgiu como forma de apresentar aos estudantes o universo do terreiro de candombl&eacute;, quebrando barreiras por meio da viv&ecirc;ncia. A comunidade j&aacute; realizava visitas &agrave;s escolas, levando conhecimento sobre a cultura e as religi&otilde;es africanas, mas sentiu necessidade de expandir para a experi&ecirc;ncia pr&aacute;tica.&nbsp;"&Eacute; diferente a gente ir &agrave;s escolas de os alunos estarem dentro do territ&oacute;rio. Al&eacute;m da parte da religiosidade, tem a hist&oacute;ria, a cultura e a influ&ecirc;ncia da m&uacute;sica africana na constru&ccedil;&atilde;o do Brasil", destaca.</p> <p class="texto">Entre os aspectos centrais para a comunidade do terreiro, est&atilde;o a culin&aacute;ria e a m&uacute;sica. "Tudo o que fazemos &eacute; em volta da cozinha, envolve alimenta&ccedil;&atilde;o, porque &eacute; o mais importante na nossa religi&atilde;o. A musicalidade caminha junto com a culin&aacute;ria, e tudo termina em festa, com a hist&oacute;ria dos orix&aacute;s sendo contada por meio da m&uacute;sica e da dan&ccedil;a", compartilha. Ele acrescenta que os costumes da comunidade buscam estabelecer uma rela&ccedil;&atilde;o harmoniosa com os orix&aacute;s e promover a integra&ccedil;&atilde;o entre as pessoas, sem distin&ccedil;&atilde;o: "A casa de candombl&eacute; acolhe as pessoas, n&atilde;o escolhe, vivemos como uma fam&iacute;lia", enfatiza Renato.</p> <p class="texto"> <div class="galeria-cb"> <amp-carousel class="carousel1" layout="fixed-height" height="300" type="slides"> <div class="slide"> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2024/05/31/whatsapp_image_2024_05_31_at_17_17_17-37614860.jpeg?20240601084519" class="contain" layout="fill" alt="Produ&ccedil;&atilde;o de acaraj&eacute;. A culin&aacute;ria &eacute; a parte mais importante para a comunidade do Candombl&eacute;" width="685" height="470"></amp-img> <figcaption class="fonte"> Eduardo Vanuncio/CB/D.A Press - <b></b> </figcaption> </div> <div class="slide"> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2024/05/31/whatsapp_image_2024_05_31_at_17_18_16-37614874.jpeg?20240601084520" class="contain" layout="fill" alt="Pintura e artefatos africanos" width="685" height="470"></amp-img> <figcaption class="fonte"> Eduardo Vanuncio/CB/D.A Press - <b></b> </figcaption> </div> <div class="slide"> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2024/05/31/whatsapp_image_2024_05_31_at_17_15_05-37614833.jpeg?20240601084528" class="contain" layout="fill" alt="Tailane dos Santos, 18 anos, diz que sua parte preferida foi aprender sobre os orix&aacute;s" width="685" height="470"></amp-img> <figcaption class="fonte"> Eduardo Vanuncio/CB/D.A Press - <b></b> </figcaption> </div> <amp-embed width=100 height=100 type=taboola layout=responsive data-publisher='diariosassociados-correiobraziliense' data-mode='thumbnails-a-photogallery' data-placement='taboola-widget-0-photo-gallery AMP' data-target_type='mix' data-article='auto' data-url=''> </amp-embed> <div class="slide"> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2024/05/31/whatsapp_image_2024_05_31_at_17_15_06-37614846.jpeg?20240601084529" class="contain" layout="fill" alt="Gabriel Oliveira, 18 anos, entende que &eacute; importante respeitar as diferentes religi&otilde;es" width="685" height="470"></amp-img> <figcaption class="fonte"> Eduardo Vanuncio/CB/D.A Press - <b></b> </figcaption> </div> <div class="slide"> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2024/05/31/whatsapp_image_2024_05_31_at_15_35_28__1_-37607867.jpeg?20240601084517" class="contain" layout="fill" alt="Artefatos tradicionais africanos" width="685" height="470"></amp-img> <figcaption class="fonte"> J&uacute;lia Giusti/ CB - <b></b> </figcaption> </div> <div class="slide"> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2024/05/31/whatsapp_image_2024_05_31_at_15_35_28-37607880.jpeg?20240601084517" class="contain" layout="fill" alt="Projeto Il&ecirc; Od&eacute; ensinando sobre a cultura africana aos alunos do CEM 2 de Planaltina" width="685" height="470"></amp-img> <figcaption class="fonte"> J&uacute;lia Giusti/CB/D.A Press - <b></b> </figcaption> </div> <amp-embed width=100 height=100 type=taboola layout=responsive data-publisher='diariosassociados-correiobraziliense' data-mode='thumbnails-a-photogallery' data-placement='taboola-widget-1-photo-gallery AMP' data-target_type='mix' data-article='auto' data-url=''> </amp-embed> <div class="slide"> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2024/05/29/img_8151-37553720.jpg?20240601084502" class="contain" layout="fill" alt="A musicalidade &eacute; um elemento muito marcante na cultura da comunidade" width="685" height="470"></amp-img> <figcaption class="fonte"> Alexsandra Moreira (@iyalerifotografia) - <b></b> </figcaption> </div> <div class="slide"> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2024/05/29/img_8507-37553746.jpg?20240601084505" class="contain" layout="fill" alt="Orixá interpretado por membro da comunidade Ilê Odé" width="685" height="470"></amp-img> <figcaption class="fonte"> Alexsandra Moreira (@iyalerifotografia) - <b></b> </figcaption> </div> <div class="slide"> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2024/05/29/img_8520-37553759.jpg?20240601084506" class="contain" layout="fill" alt="Orixá interpretado por membro da comunidade Ilê Odé" width="685" height="470"></amp-img> <figcaption class="fonte"> Alexsandra Moreira (@iyalerifotografia) - <b></b> </figcaption> </div> <amp-embed width=100 height=100 type=taboola layout=responsive data-publisher='diariosassociados-correiobraziliense' data-mode='thumbnails-a-photogallery' data-placement='taboola-widget-2-photo-gallery AMP' data-target_type='mix' data-article='auto' data-url=''> </amp-embed> <div class="slide"> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2024/05/29/img_8716-37553772.jpg?20240601084514" class="contain" layout="fill" alt="O produtor do projeto, Renato Gomes (segundo da esquerda para a direita) com a equipe de organiza&ccedil;&atilde;o do Ogbon Mimo" width="685" height="470"></amp-img> <figcaption class="fonte"> Alexsandra Moreira &mdash; @iyalerifotografia - <b></b> </figcaption> </div> <div class="slide"> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2024/05/29/img_8906-37553785.jpg?20240601084530" class="contain" layout="fill" alt="Exposi&ccedil;&atilde;o de fotos na comunidade Il&ecirc; Od&eacute;" width="685" height="470"></amp-img> <figcaption class="fonte"> Alexsandra Moreira (@iyalerifotografia) - <b></b> </figcaption> </div> <div class="slide"> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2024/05/29/img_7980-37553663.jpg?20240601084532" class="contain" layout="fill" alt="A culin&aacute;ria &eacute; a parte mais importante na cultura do candombl&eacute;" width="685" height="470"></amp-img> <figcaption class="fonte"> Alexsandra Moreira (@iyalerifotografia) - <b></b> </figcaption> </div> <amp-embed width=100 height=100 type=taboola layout=responsive data-publisher='diariosassociados-correiobraziliense' data-mode='thumbnails-a-photogallery' data-placement='taboola-widget-3-photo-gallery AMP' data-target_type='mix' data-article='auto' data-url=''> </amp-embed> </amp-carousel> </div></p> <h3>Respeito</h3> <p class="texto">Elias Viana, Oj&uacute; Il&ecirc; (anfitri&atilde;o da casa) e produtor do projeto, complementa que a iniciativa busca combater a desinforma&ccedil;&atilde;o e o preconceito enraizados na sociedade, com a inten&ccedil;&atilde;o de promover o respeito e a diversidade religiosa.</p> <p class="texto">"A proposta &eacute; desmistificar a demoniza&ccedil;&atilde;o sobre as religi&otilde;es de matriz africana. Quando os estudantes chegam aqui, recebem um banho de informa&ccedil;&otilde;es, de cultura, no que diz respeito &agrave; contribui&ccedil;&atilde;o da &Aacute;frica na constru&ccedil;&atilde;o da sociedade brasileira. A gente entende que as pessoas t&ecirc;m o direito de escolher suas religi&otilde;es, levando em considera&ccedil;&atilde;o que o pa&iacute;s &eacute; laico, ent&atilde;o o nosso projeto trabalha nessa perspectiva", enfatiza.</p> <p class="texto">Um fato que chamou a aten&ccedil;&atilde;o dos organizadores foi que o interesse dos alunos em conhecer a comunidade aumentou &agrave; medida que as visitas da escola foram acontecendo. "Nas duas turmas que vieram antes, a m&eacute;dia foi em torno de 40 alunos. Agora, o n&uacute;mero aumentou para 68. Ent&atilde;o, a gente percebe que est&aacute; tendo uma divulga&ccedil;&atilde;o na escola e na fam&iacute;lia daqueles que j&aacute; fizeram a visita", aponta Elias Viana.</p> <p class="texto">Durante o tour, os estudantes tiveram contato com a hist&oacute;ria dos povos africanos, a escravid&atilde;o no Brasil e os significados de artefatos e de costumes dessas popula&ccedil;&otilde;es. Al&eacute;m das palestras, eles foram conduzidos &agrave;s casas sagradas, cada uma representando um orix&aacute;, que foi interpretado por membros da comunidade. Tamb&eacute;m conheceram a arte e a culin&aacute;ria, por meio de exposi&ccedil;&otilde;es e da degusta&ccedil;&atilde;o de pratos t&iacute;picos, como acaraj&eacute; e manjar. Por fim, os estudantes participaram da apresenta&ccedil;&atilde;o do grupo de percuss&atilde;o Afox&eacute; Omo Ay&oacute;.</p> <h3>Experi&ecirc;ncia</h3> <p class="texto">O produtor Elias Viana procurou professores de hist&oacute;ria, sociologia e artes, que se dispam a acolher a proposta.</p> <p class="texto">Danilo Monteiro, que leciona&nbsp;sociologia no CEM 2 de Planaltina, trabalha quest&otilde;es &eacute;tnico- raciais com os alunos e viu, no Ogbon Mimo, uma oportunidade de continuar o aprendizado. "O terreiro representa uma pequena &Aacute;frica dentro do Brasil. Achei muito interessante que os pais tamb&eacute;m deram liberdade para eles fazerem a visita, porque a gente sabe que h&aacute; uma demoniza&ccedil;&atilde;o das religi&otilde;es de matriz africana. Ent&atilde;o, nada melhor do que conhecer pela viv&ecirc;ncia para quebrar os estere&oacute;tipos e preconceitos", ressalta.</p> <p class="texto">Tailane dos Santos, de 18 anos, considerou a experi&ecirc;ncia muito proveitosa. "J&aacute; visitei outras comunidades africanas, mas eram da umbanda. Em um terreiro de candombl&eacute;, &eacute; a primeira vez. Foi algo novo. O que mais gostei foi aprender sobre os orix&aacute;s", diz.</p> <p class="texto">Assim como Tailane, Gabriel Oliveira, 18, tamb&eacute;m havia visitado um terreiro antes. Mesmo assim, para ele, foi inovador, "muito interessante e diferente". Ap&oacute;s as explica&ccedil;&otilde;es da comunidade, ele sentencia: "&Eacute; muito importante n&atilde;o falar mal das religi&otilde;es, sem antes conhec&ecirc;-las".</p> <p class="texto">As visitam prosseguem at&eacute; 11 de junho.</p> <h3>Saiba mais</h3> <p class="texto"><strong>A casa</strong></p> <p class="texto">&raquo; O Il&ecirc; Od&eacute; Ax&eacute; Opo Inle (Casa do Ca&ccedil;ador cuja For&ccedil;a prov&eacute;m de Inle) &eacute; uma comunidade tradicional de matriz africana da na&ccedil;&atilde;o iorub&aacute;, fundada em 1996. Com cerca de 150 membros, &eacute; uma das maiores do Distrito Federal e Entorno.</p> <p class="texto"><strong>Legisla&ccedil;&atilde;o</strong></p> <p class="texto">&raquo;&nbsp;O Estado laico no Brasil foi estabelecido na Constitui&ccedil;&atilde;o de 1891, determinando a n&atilde;o interfer&ecirc;ncia estatal em assuntos religiosos. Na Constitui&ccedil;&atilde;o de 1988, a liberdade religiosa foi garantida no artigo 5&deg;. Em 2003, a Lei n&ordm; 10.639 determinou a obrigatoriedade do ensino da hist&oacute;ria e na cultura afro-brasileira nas escolas. Apesar da legisla&ccedil;&atilde;o, o Disque 100 &mdash; canal de ouvidoria de viola&ccedil;&otilde;es aos direitos humanos &mdash; recebeu, em 2023, mais de 2 mil den&uacute;ncias relacionadas &agrave; intoler&acirc;ncia religiosa, representando um aumento de 80% em compara&ccedil;&atilde;o a 2022. Segundo o canal, as religi&otilde;es de matriz africana s&atilde;o as mais afetadas por esse tipo de viol&ecirc;ncia.</p> <p class="texto"><strong>*Estagi&aacute;rios sob a supervis&atilde;o de Malcia Afonso</strong></p> <p class="texto"><div class="read-more"> <h4>Saiba Mais</h4> <ul> <li> <a href="/euestudante/educacao-basica/2024/05/6863551-aguas-claras-tera-duas-escolas-publicas-a-partir-de-2026.html"> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2024/05/23/20240523_142416-37375578.jpg?20240528090801" alt="" width="150" height="100"></amp-img> <div class="words"> <strong>Educação básica</strong> <span>Águas Claras terá duas escolas públicas a partir de 2026</span> </div> </a> </li> <li> <a href="/euestudante/educacao-basica/2024/05/6866044-familia-de-adolescente-denuncia-racismo-em-colegio-particular-do-df.html"> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2024/04/18/mche_lee_pc91jm1dlwa_unsplash-36296360.jpg?20240807120947" alt="" width="150" height="100"></amp-img> <div class="words"> <strong>Educação básica</strong> <span>Família de adolescente denuncia ataque racista em colégio particular da Asa Sul</span> </div> </a> </li> <li> <a href="/euestudante/enem/2024/05/6867914-golpe-no-enem-site-falso-imita-pagina-oficial-de-inscricao.html"> <amp-img src="https://midias.em.com.br/_midias/jpg/2024/05/30/enem_fake_news-37574683.jpg?20240530151251" alt="" width="150" height="100"></amp-img> <div class="words"> <strong>Enem</strong> <span>Golpe no Enem: site falso imita página oficial de inscrição</span> </div> </a> </li> <li> <a href="/euestudante/enem/2024/05/6865247-enem-2024-inscricoes-comecam-hoje-veja-calendario.html"> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2024/05/26/1_como_estudar_para_enem_35565775-37442202.jpg?20240723091639" alt="" width="150" height="100"></amp-img> <div class="words"> <strong>Enem</strong> <span>Enem 2024: Inscrições terminam nesta sexta (7/6); veja calendário</span> </div> </a> </li> </ul> </div>&nbsp;<br /></p>", "isAccessibleForFree": true, "image": { "url": "https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2024/05/29/675x450/1_img_8716-37553772.jpg?20240601084514?20240601084514", "width": 820, "@type": "ImageObject", "height": 490 }, "author": [ { "@type": "Person", "name": "Júlia Giusti*" } ], "publisher": { "logo": { "url": "https://image.staticox.com/?url=http%3A%2F%2Fimgs2.correiobraziliense.com.br%2Famp%2Flogo_cb_json.png", "@type": "ImageObject" }, "name": "Correio Braziliense", "@type": "Organization" } } 3e1r2i

Eu, Estudante 29715y

CULTURA AFRO

Aula no terreiro: projeto leva estudantes para visitar comunidade de candomblé m286s

A iniciativa Ogbon Mimo, destinada a alunos da rede pública, busca promover o respeito à diversidade e desconstruir preconceitos. O Correio mostra como foi a experiência dos estudantes do CEM 2 de Planaltina, que foram ao Ilê Odé Axé Opo Inle 3s681q

Alunos do Centro de Ensino Médio (CEM) 2 de Planaltina viveram uma experiência de contato com a arte e a cultura afro-brasileira na última terça-feira. Por meio do projeto Ogbon Mimo — Sabedoria Sagrada, 68 estudantes da escola participaram de uma visita guiada à casa de candomblé Ilê Odé Axé Opo Inle, em Planaltina.

Em uma espécie de tour dividido em estações, os visitantes aprenderam sobre os orixás, os instrumentos musicais e a culinária da comunidade, e apreciaram fotos, quadros, desenhos e peças artesanais de países africanos. A ideia é promover o respeito à diversidade e desconstruir preconceitos e combater a intolerância religiosa. A iniciativa conta com apoio da Fundação Palmares e do Ministério da Cultura, em sintonia com a Lei nº 10.639, de 2003, que torna obrigatório o ensino da história e da cultura afro-brasileira nas escolas.

O Babakekere (pai pequeno, o segundo na hierarquia da casa) e produtor do projeto, Renato Gomes, explica que a iniciativa surgiu como forma de apresentar aos estudantes o universo do terreiro de candomblé, quebrando barreiras por meio da vivência. A comunidade já realizava visitas às escolas, levando conhecimento sobre a cultura e as religiões africanas, mas sentiu necessidade de expandir para a experiência prática. "É diferente a gente ir às escolas de os alunos estarem dentro do território. Além da parte da religiosidade, tem a história, a cultura e a influência da música africana na construção do Brasil", destaca.

Entre os aspectos centrais para a comunidade do terreiro, estão a culinária e a música. "Tudo o que fazemos é em volta da cozinha, envolve alimentação, porque é o mais importante na nossa religião. A musicalidade caminha junto com a culinária, e tudo termina em festa, com a história dos orixás sendo contada por meio da música e da dança", compartilha. Ele acrescenta que os costumes da comunidade buscam estabelecer uma relação harmoniosa com os orixás e promover a integração entre as pessoas, sem distinção: "A casa de candomblé acolhe as pessoas, não escolhe, vivemos como uma família", enfatiza Renato.

Eduardo Vanuncio/CB/D.A Press -
Eduardo Vanuncio/CB/D.A Press -
Eduardo Vanuncio/CB/D.A Press -
Eduardo Vanuncio/CB/D.A Press -
Júlia Giusti/ CB -
Júlia Giusti/CB/D.A Press -
Alexsandra Moreira (@iyalerifotografia) -
Alexsandra Moreira (@iyalerifotografia) -
Alexsandra Moreira (@iyalerifotografia) -
Alexsandra Moreira — @iyalerifotografia -
Alexsandra Moreira (@iyalerifotografia) -
Alexsandra Moreira (@iyalerifotografia) -

Respeito 3p1g68

Elias Viana, Ojú Ilê (anfitrião da casa) e produtor do projeto, complementa que a iniciativa busca combater a desinformação e o preconceito enraizados na sociedade, com a intenção de promover o respeito e a diversidade religiosa.

"A proposta é desmistificar a demonização sobre as religiões de matriz africana. Quando os estudantes chegam aqui, recebem um banho de informações, de cultura, no que diz respeito à contribuição da África na construção da sociedade brasileira. A gente entende que as pessoas têm o direito de escolher suas religiões, levando em consideração que o país é laico, então o nosso projeto trabalha nessa perspectiva", enfatiza.

Um fato que chamou a atenção dos organizadores foi que o interesse dos alunos em conhecer a comunidade aumentou à medida que as visitas da escola foram acontecendo. "Nas duas turmas que vieram antes, a média foi em torno de 40 alunos. Agora, o número aumentou para 68. Então, a gente percebe que está tendo uma divulgação na escola e na família daqueles que já fizeram a visita", aponta Elias Viana.

Durante o tour, os estudantes tiveram contato com a história dos povos africanos, a escravidão no Brasil e os significados de artefatos e de costumes dessas populações. Além das palestras, eles foram conduzidos às casas sagradas, cada uma representando um orixá, que foi interpretado por membros da comunidade. Também conheceram a arte e a culinária, por meio de exposições e da degustação de pratos típicos, como acarajé e manjar. Por fim, os estudantes participaram da apresentação do grupo de percussão Afoxé Omo Ayó.

Experiência 5gz1

O produtor Elias Viana procurou professores de história, sociologia e artes, que se dispam a acolher a proposta.

Danilo Monteiro, que leciona sociologia no CEM 2 de Planaltina, trabalha questões étnico- raciais com os alunos e viu, no Ogbon Mimo, uma oportunidade de continuar o aprendizado. "O terreiro representa uma pequena África dentro do Brasil. Achei muito interessante que os pais também deram liberdade para eles fazerem a visita, porque a gente sabe que há uma demonização das religiões de matriz africana. Então, nada melhor do que conhecer pela vivência para quebrar os estereótipos e preconceitos", ressalta.

Tailane dos Santos, de 18 anos, considerou a experiência muito proveitosa. "Já visitei outras comunidades africanas, mas eram da umbanda. Em um terreiro de candomblé, é a primeira vez. Foi algo novo. O que mais gostei foi aprender sobre os orixás", diz.

Assim como Tailane, Gabriel Oliveira, 18, também havia visitado um terreiro antes. Mesmo assim, para ele, foi inovador, "muito interessante e diferente". Após as explicações da comunidade, ele sentencia: "É muito importante não falar mal das religiões, sem antes conhecê-las".

As visitam prosseguem até 11 de junho.

Saiba mais 9c36

A casa

» O Ilê Odé Axé Opo Inle (Casa do Caçador cuja Força provém de Inle) é uma comunidade tradicional de matriz africana da nação iorubá, fundada em 1996. Com cerca de 150 membros, é uma das maiores do Distrito Federal e Entorno.

Legislação

» O Estado laico no Brasil foi estabelecido na Constituição de 1891, determinando a não interferência estatal em assuntos religiosos. Na Constituição de 1988, a liberdade religiosa foi garantida no artigo 5°. Em 2003, a Lei nº 10.639 determinou a obrigatoriedade do ensino da história e na cultura afro-brasileira nas escolas. Apesar da legislação, o Disque 100 — canal de ouvidoria de violações aos direitos humanos — recebeu, em 2023, mais de 2 mil denúncias relacionadas à intolerância religiosa, representando um aumento de 80% em comparação a 2022. Segundo o canal, as religiões de matriz africana são as mais afetadas por esse tipo de violência.

*Estagiários sob a supervisão de Malcia Afonso