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UnB realiza diplomação póstuma de Honestino Guimarães em cerimônia organizada pelo DCE

Homenagem ao líder estudantil será realizada no dia 31 de março, de 9h às 11h, no Anfiteatro 10 do Instituto Central de Ciências (ICC), e incluirá a fixação de uma placa na sede do Diretório Central dos Estudantes

Correio Braziliense
postado em 29/03/2025 14:05
Além da diplomação simbólica, uma placa será fixada na sede do DCE, eternizando o nome de Honestino no espaço que ele ajudou a construir -  (crédito: Minervino Júnior/CB/D.A.Press)
Além da diplomação simbólica, uma placa será fixada na sede do DCE, eternizando o nome de Honestino no espaço que ele ajudou a construir - (crédito: Minervino Júnior/CB/D.A.Press)

O Diretório Central dos Estudantes (DCE) da Universidade de Brasília (UnB) promoverá, em 31 de março, uma cerimônia de diplomação póstuma em homenagem a Honestino Guimarães, ícone da luta estudantil e da resistência contra a ditadura militar. O evento ocorrerá das 9h às 11h no Anfiteatro 10 do Instituto Central de Ciências (ICC), local que foi palco de momentos marcantes da história da universidade.

Além da diplomação simbólica, uma placa será fixada na sede do DCE, também localizada no ICC, eternizando o nome de Honestino no espaço que ele ajudou a construir com sua militância. A homenagem busca reafirmar a importância de sua trajetória e legado para as gerações futuras.

DCE anuncia homenagem a Honestino Guimarães, estudante de geologia que desapareceu em 1973 durante a ditadura militar
DCE anuncia homenagem a Honestino Guimarães, estudante de geologia que desapareceu em 1973 durante a ditadura militar (foto: DCE/Reprodução/Instagram)

Em 7 de julho de 2024, Honestino Guimarães recebeu, postumamente, o diploma de geólogo pela Universidade de Brasília, em uma cerimônia realizada no auditório da Associação dos Docentes da UnB (ADUnB-S.Sind). A outorga do título foi aprovada pelo Conselho Universitário (Consuni) em 7 de junho do mesmo ano, anulando a expulsão do estudante e reconhecendo sua trajetória acadêmica interrompida pela repressão da ditadura militar.

Símbolo da resistência

Honestino ingressou na UnB em 1965, conquistando o primeiro lugar no vestibular de Geologia. Sua atuação no movimento estudantil o levou a presidir o DCE e, posteriormente, a União Nacional dos Estudantes (UNE). Em 1968, foi preso durante a invasão militar à universidade e, posteriormente, expulso da instituição. Em 1973, foi sequestrado pelo regime militar e nunca mais foi visto. Sua morte foi oficialmente reconhecida apenas em 1996, mas seu corpo jamais foi encontrado.

 

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