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Isso porque o tema tem ganhado aten&ccedil;&atilde;o ap&oacute;s a apresenta&ccedil;&atilde;o de uma proposta de emenda &agrave; Constitui&ccedil;&atilde;o que reduz a jornada m&aacute;xima de 44 para 36 horas semanais. A ideia surgiu do vereador eleito do Rio de Janeiro, Rick Azevedo, que criou o Movimento Vida Al&eacute;m do Trabalho (VAT), defendendo o fim da escala 6x1. A proposta foi protocolada pela deputada federal Erika Hilton, l&iacute;der do Psol na C&acirc;mara dos Deputados, em 1&ordm; de maio deste ano, marcando o Dia do Trabalhador.&nbsp;&nbsp;</div> <ul> <li><strong>Leia tamb&eacute;m:&nbsp;</strong><a href="/economia/2024/11/6989419-manifestacao-em-belo-horizonte-pede-o-fim-da-escala-de-trabalho-6x1.html">Manifesta&ccedil;&atilde;o em Belo Horizonte pede o fim da escala de trabalho 6x1</a></li> </ul> <h3>Barreiras</h3> <div>Apesar de representar uma iniciativa inovadora e que tenta avan&ccedil;ar em prol da qualidade de vida do trabalhador, segundo Watson Silva, advogado especialista em direito trabalhista, h&aacute; complexidades envolvidas. &ldquo;O principal desafio reside na adapta&ccedil;&atilde;o de setores cuja opera&ccedil;&atilde;o depende de continuidade, como sa&uacute;de, seguran&ccedil;a e transporte. O modelo 6x1 &eacute; amplamente utilizado para garantir que tais atividades n&atilde;o sejam interrompidas, e migrar para uma estrutura diferente, o 4x3 por exemplo, pode exigir uma readequa&ccedil;&atilde;o na quantidade de profissionais, aumento de custos e, consequentemente, na estrutura das escalas e contrata&ccedil;&otilde;es. Al&eacute;m disso, as mudan&ccedil;as feitas na jornada de trabalho impactam diretamente a folha de pagamento, as contribui&ccedil;&otilde;es trabalhistas e o planejamento de turnos, o que exige um estudo cauteloso sobre o impacto econ&ocirc;mico e de produtividade&rdquo;, explica.&nbsp;</div> <div>Sobre essas preocupa&ccedil;&otilde;es, Renata Rivetti, fundadora da Reconnect Happiness At Work, empresa especializada em felicidade corporativa e lideran&ccedil;a positiva, afirma que &eacute; necess&aacute;rio, sim, um processo de adapta&ccedil;&atilde;o, mas que, no fim, o saldo &eacute; positivo para todos. &ldquo;Temos visto em com&eacute;rcios fora do Brasil atuando numa semana de 4 dias a redu&ccedil;&atilde;o do turnover (rotatividade), das licen&ccedil;as-m&eacute;dicas, do absente&iacute;smo. Ent&atilde;o, no final, esses custos que s&atilde;o invis&iacute;veis, muitas vezes, acabam compensando esse investimento de ter um time adicional. Para ter a escala de quatro dias por semana, a empresa, de fato, tem de contratar mais pessoas, mas tem compensado financeiramente e, claro, as pessoas s&atilde;o mais engajadas, mais motivadas no trabalho, t&ecirc;m mais sa&uacute;de mental e bem-estar. Ent&atilde;o, a longo prazo, a gente entende que o modelo funciona, tamb&eacute;m, para o com&eacute;rcio&rdquo;, analisa a diretora.&nbsp;&nbsp;</div> <h3>Projeto-piloto&nbsp;</h3> <div>As conclus&otilde;es da gestora foram feitas com base no projeto-piloto de quatro dias &uacute;teis no Brasil realizado pela 4 Day Week Global e Boston College, em parceria com a Reconnect Happiness at Work, com foco inicial no aumento de produtividade. &ldquo;A gente abriu as inscri&ccedil;&otilde;es em agosto de 2023, tivemos 21 empresas inscritas. E come&ccedil;amos mesas de planejamento at&eacute; o final do ano ado para que as empresas pudessem entender o que fazer para, de fato, implementar a semana e manter a metodologia do projeto, que &eacute; 100-80-100: trabalhar mantendo 100% dos sal&aacute;rios, 100% dos resultados, mas trabalhando 80% do tempo&rdquo;, detalha.&nbsp;</div> <div>Em janeiro de 2024, as empresas come&ccedil;aram efetivamente a semana de quatro dias, ando por adapta&ccedil;&otilde;es, mudan&ccedil;as e tentando entender como seria a ideia na pr&aacute;tica. &ldquo;Algumas fecharam na sexta-feira, mas a maioria acabou fazendo escalas entre o time. Em junho, a gente finalizou o projeto e, em julho, a gente fez a pesquisa final que obteve excelentes resultados. A conclus&atilde;o: foi bom para o colaborador e foi muito bom para a empresa tamb&eacute;m. A lideran&ccedil;a aprova o projeto, a nota que eles deram foi de 8.7, com 84,6% dos l&iacute;deres falando que o projeto melhorou a forma de eles trabalharem, aumentou a produtividade e a efici&ecirc;ncia&rdquo;, revela Renata. Al&eacute;m disso, foram registrados impactos positivos na sa&uacute;de f&iacute;sica e mental, com 73,7% e 77,3% dos entrevistados avaliando como boa ou excelente, respectivamente.</div> <h3>Empregadores&nbsp;&nbsp;</h3> <div>Participante do projeto-piloto dos quatro dias &uacute;teis, Roberta Faria, CEO e cofundadora da&nbsp; Mol Impacto, optou pela implementa&ccedil;&atilde;o gradativa do modelo at&eacute; dezembro, mas j&aacute; percebe os resultados. &ldquo;O que posso adiantar &eacute; que, ao final dessa primeira etapa, j&aacute; foi poss&iacute;vel identificar o impacto positivo da redu&ccedil;&atilde;o da jornada e estamos empolgados em tornar poss&iacute;vel a implementa&ccedil;&atilde;o a partir de 2025. H&aacute; algum tempo, temos testado pr&aacute;ticas na Mol, como a redu&ccedil;&atilde;o da carga hor&aacute;ria de 44 para 40 horas, meio per&iacute;odo sem reuni&otilde;es para garantir a produtividade, al&eacute;m da flexibiliza&ccedil;&atilde;o do presencial e da licen&ccedil;a menstrual remunerada, e nada disso trouxe algum tipo de impacto negativo em nossas entregas ou no financeiro. Mas, sim, uma otimiza&ccedil;&atilde;o de processos. Estamos construindo uma forma de trabalho mais eficiente, mapeamento de responsabilidades, comunica&ccedil;&atilde;o objetiva, check-points mais frequentes entre equipes e maior autonomia, o que impulsionou a produtividade e a organiza&ccedil;&atilde;o da equipe&rdquo;, detalha.&nbsp;</div> <div>Simone Cyrineu, CEO e fundadora da Thanks for Sharing, tamb&eacute;m integrante do piloto, acredita que o modelo 6x1 n&atilde;o atende mais &agrave;s necessidades do mercado e que os modelos de gest&atilde;o tamb&eacute;m devem se atualizar. Ainda, pontua que a decis&atilde;o impacta n&atilde;o s&oacute; a empresa ou os funcion&aacute;rios, mas toda a economia do pa&iacute;s. &ldquo;A gente tem que ampliar a vis&atilde;o de que o impacto disso n&atilde;o &eacute; s&oacute; para a empresa contratante desse trabalhador, que vai desenvolver uma s&eacute;rie de outras crises, e isso vai se refletir no sistema de sa&uacute;de p&uacute;blica, na sua fam&iacute;lia, na educa&ccedil;&atilde;o dos seus filhos. Esse funcion&aacute;rio, num momento de lazer, tamb&eacute;m vai consumir no bairro nesse dia que n&atilde;o teria tanta venda. Ent&atilde;o, tem uma economia que gira ali tamb&eacute;m ao mudar a escala e colocar as pessoas para fazer coisas que elas n&atilde;o fariam em outros dias. Tem a pr&oacute;pria produtividade que voc&ecirc; ganha ao rever o que est&aacute; sendo feito e a forma como est&aacute; sendo feito e, tamb&eacute;m, os pr&oacute;prios benef&iacute;cios da outra face dessa moeda. Est&aacute; na hora de movimentar a roda em outro sentido&rdquo;, defende Simone.&nbsp;</div> <h3>Trabalhadores&nbsp;</h3> <div>Rafaela Carvalho, gerente de engajamento, est&aacute; na semana de 4 dias desde janeiro e conta como era a rotina antes de participar do modelo. &ldquo;A minha outra experi&ecirc;ncia profissional era trabalhando como aut&ocirc;noma, com freelancer. Ent&atilde;o eu n&atilde;o tinha hor&aacute;rio. Procurava trabalhar cinco dias na semana, mas acabava trabalhando tamb&eacute;m aos finais de semana e em feriados. Eu tinha mais autonomia, mas era muito mais exaustivo&rdquo;, diz.&nbsp;</div> <div>Sobre a perspectiva com a transi&ccedil;&atilde;o, ela ressalta o aumento da produtividade. &ldquo;Nossa, eu sempre digo que &eacute; uma mudan&ccedil;a instant&acirc;nea na qualidade de vida. Ent&atilde;o, eu observo melhor desempenho nas tarefas, sim. Voc&ecirc; &eacute; obrigado a ser muito mais produtivo, porque a quantidade de entregas n&atilde;o diminui. Como voc&ecirc; sabe que voc&ecirc; est&aacute; fazendo a sua melhor entrega poss&iacute;vel, o momento do descanso &eacute; levado a s&eacute;rio tamb&eacute;m&rdquo;, afirma.&nbsp;</div> <div><div> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2024/11/13/675x450/1_whatsapp_image_2024_11_12_at_20_52_03-41751399.jpeg" width="675" height="450" layout="responsive" alt="Graziele Sousa, 25 anos, defende o fim da jornada de 44h: &quot;Melhor qualidade de vida&quot;"></amp-img> <figcaption>Arquivo pessoal - <b>Graziele Sousa, 25 anos, defende o fim da jornada de 44h: &quot;Melhor qualidade de vida&quot;</b></figcaption> </div></div> <div>Graziele Sousa, 25 anos, gestora de projetos, nunca trabalhou no regime 6x1, mas teve experi&ecirc;ncias com jornadas de 44 horas semanais, folgando aos finais de semana. &ldquo;Conseguia, de certa forma, equilibrar o trabalho, mas o grande desafio era o deslocamento. Como moro no extremo sul de S&atilde;o Paulo, perto do Cap&atilde;o Redondo, ava cerca de 4 horas por dia no transporte p&uacute;blico. Muitas vezes, precisei caminhar mais de 10 km quando havia acidentes na principal via da regi&atilde;o, que ficava bloqueada. Foram cinco anos nessa rotina at&eacute; que ei a trabalhar 100% em home office, o que trouxe uma melhoria significativa na minha qualidade de vida&rdquo;&nbsp;</div> <div>&ldquo;Hoje, consigo ter uma rela&ccedil;&atilde;o mais equilibrada entre trabalho e vida pessoal. Acredito que &eacute; muito dif&iacute;cil manter a dignidade trabalhando seis dias por semana. &Eacute; imposs&iacute;vel cuidar da sa&uacute;de, estar presente na vida das pessoas que voc&ecirc; ama, e o cansa&ccedil;o acaba limitando suas op&ccedil;&otilde;es de lazer e descanso. Acho que &eacute; um tema crucial, e espero realmente que o 6x1 seja abolido no Brasil para proporcionar uma melhor qualidade de vida para os trabalhadores&rdquo;, defende Graziele.&nbsp;</div> <div>&ldquo;A expans&atilde;o ainda &eacute; um desafio e precisamos combater mitos e cren&ccedil;as de que horas trabalhadas significa, necessariamente, produtividade. A gente trabalha igual desde a revolu&ccedil;&atilde;o industrial. As pessoas est&atilde;o exaustas, sobrecarregadas e os &iacute;ndices de burnout, absente&iacute;smo e licen&ccedil;as m&eacute;dicas est&atilde;o muito altos. Reduzir a jornada de trabalho tem impactos positivos tamb&eacute;m nessa redu&ccedil;&atilde;o&rdquo;, conclui Renata Rivetti, lembrando que as inscri&ccedil;&otilde;es para o projeto-piloto est&atilde;o abertas. Saiba mais no site&nbsp;<a href="http://4dayweekbrazil.com/" target="_blank" data-saferedirecturl="https://www.google.com/url?q=http://4dayweekbrazil.com&amp;source=gmail&amp;ust=1731797758328000&amp;usg=AOvVaw1cbauQCtrACBgcVTSgM61-">4dayweekbrazil.com</a>.&nbsp;</div> <h3>Palavra de especialista&nbsp;</h3> <p class="texto"><div> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2024/11/13/675x450/1_whatsapp_image_2024_11_13_at_18_21_21-41673694.jpeg" width="675" height="450" layout="responsive" alt="&quot;Uma mudan&ccedil;a gradual, com e de regulamenta&ccedil;&otilde;es espec&iacute;ficas para setores essenciais, pode tornar o processo mais seguro e minimamente disruptivo ao mercado de trabalho brasileiro&quot;, afirma o advogado Watson Silva"></amp-img> <figcaption>Arquivo pessoal - <b>&quot;Uma mudan&ccedil;a gradual, com e de regulamenta&ccedil;&otilde;es espec&iacute;ficas para setores essenciais, pode tornar o processo mais seguro e minimamente disruptivo ao mercado de trabalho brasileiro&quot;, afirma o advogado Watson Silva</b></figcaption> </div></p> <div>"<em>A transi&ccedil;&atilde;o para um modelo diferente do 6x1 &eacute;, em teoria, vi&aacute;vel, mas exige uma adapta&ccedil;&atilde;o robusta, incluindo negocia&ccedil;&otilde;es setoriais para que a mudan&ccedil;a ocorra de forma pr&aacute;tica e sustent&aacute;vel. A migra&ccedil;&atilde;o implicaria numa restri&ccedil;&atilde;o das escalas, possivelmente exigindo aumento na for&ccedil;a de trabalho e redistribui&ccedil;&atilde;o de jornadas, o que poderia onerar as empresas a curto prazo, impactando em toda a cadeia produtiva. A altera&ccedil;&atilde;o do sistema atual tamb&eacute;m impactaria diretamente o c&aacute;lculo de horas extras, folgas e adicionais noturnos, alterando as rotinas de departamentos de recursos humanos e as rela&ccedil;&otilde;es contratuais entre empregador e empregado. Em &uacute;ltima inst&acirc;ncia, uma mudan&ccedil;a gradual, com e de regulamenta&ccedil;&otilde;es espec&iacute;ficas para setores essenciais, pode tornar o processo mais seguro e minimamente disruptivo ao mercado de trabalho brasileiro</em>".&nbsp;<strong>Watson Silva,</strong> advogado especialista em direito trabalhista.&nbsp;</div> <div>"<em>&Eacute; preciso desmistificar que horas trabalhadas t&ecirc;m a ver com produtividade. A mudan&ccedil;a melhora na percep&ccedil;&atilde;o de equil&iacute;brio entre vida pessoal e profissional e, com isso, maior dedica&ccedil;&atilde;o ao trabalho, com mais foco e engajamento</em>&rdquo;&nbsp;&nbsp;<strong>Renata Rivetti,</strong> fundadora da Reconnect Happiness At Work.</div> <div><div class="read-more"> <h4>Saiba Mais</h4> <ul> <li> <a href="/euestudante/2024/11/6980788-artigo-de-opiniao-do-correio-braziliense-surge-como-questao-do-enem.html"> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2024/11/04/img_5901-41284845.jpeg?20241104213158" alt="" width="150" height="100"></amp-img> <div class="words"> <strong>EuEstudante</strong> <span>Artigo de opinião do Correio Braziliense surge como questão do Enem </span> </div> </a> </li> <li> <a href="/euestudante/2024/11/6980519-enem-2024-entenda-quem-pode-pedir-reaplicacao-do-exame.html"> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2024/11/03/whatsapp_image_2024_11_03_at_18_15_40-41249850.jpeg?20241110193714" alt="" width="150" height="100"></amp-img> <div class="words"> <strong>EuEstudante</strong> <span>Enem 2024: entenda quem pode pedir reaplicação do exame</span> </div> </a> </li> <li> <a href="/euestudante/2024/10/6978238-alckmin-e-camilo-santana-defendem-10-do-pib-para-educacao-em-reuniao-da-unesco.html"> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2024/10/31/54106653807_f6a4099c2e_c-41170435.jpg?20241031190643" alt="" width="150" height="100"></amp-img> <div class="words"> <strong>EuEstudante</strong> <span>Alckmin e Camilo Santana defendem 10% do PIB para educação em reunião da Unesco</span> </div> </a> </li> </ul> </div>&nbsp;</div>", "isAccessibleForFree": true, "image": { "url": "https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2024/11/13/675x450/1_molimpacto2024_fotocarolsiqueira_05-41673548.jpg?20241113184059?20241113184059", "width": 820, "@type": "ImageObject", "height": 490 }, "author": [ { "@type": "Person", "name": "Marina Rodrigues" } ], "publisher": { "logo": { "url": "https://image.staticox.com/?url=http%3A%2F%2Fimgs2.correiobraziliense.com.br%2Famp%2Flogo_cb_json.png", "@type": "ImageObject" }, "name": "Correio Braziliense", "@type": "Organization" } } 5o1k5u

Eu, Estudante 29715y

mercado de trabalho

Discussão sobre escala 6x1: afinal, jornada reduzida funciona no Brasil? 1u733n

Questões econômicas são desafios para o fim da escala 6x1 no país. Enquanto é discutida a redução de horas, 21 empresas brasileiras testaram a semana de 4 dias úteis, com foco na produtividade 47144i

Christian Evangelista, 19 anos, iniciou sua trajetória profissional no ano ado com uma jornada de 44 horas em regime 6x1 — trabalha seis e folga um dia na semana —, e dá detalhes de como foi o período. “Eu trabalhei por um ano na escala 6x1, como caixa de supermercado. Uma jornada extremamente exaustiva, que não deixa tempo suficiente para cumprir demandas pessoais e contribui para o vício em substâncias como álcool, cigarro e outras drogas. Desenvolvi burnout, e piorou minha depressão. A experiência foi péssima, mas acredito que eu só tive a oportunidade de sair disso porque minha casa era bem sustentada pelo meu marido, que viu que aquilo estava me fazendo mal”, relata.

Morador do Riacho Fundo 1, ele trabalha, atualmente, como auxiliar istrativo em uma imobiliária, cumprindo 40 horas semanais em jornada 5x2. “A escala 5x2 é boa, pois de segunda a sexta as coisas fluem bem e geralmente dá para fazer coisas pessoais no sábado e o que dá no domingo, eu distribuo bem entre esses dois dias. A escala 5x2 pode ser mais leve, mas também exaustiva. Porém, comparada à 6x1, ela é muito mais benéfica. Acredito que este é um começo, e que a escala 4x3 ainda é, de certa forma, utópica”, compartilha o brasiliense.  
Arquivo pessoal - Christian Evangelista, 19 anos, trabalhou por um ano em escala 6x1: "Desenvolvi burnout"
Assim como Christian, muitos trabalhadores brasileiros vêm se manifestando em todo o país sobre a escala de trabalho reduzida. Isso porque o tema tem ganhado atenção após a apresentação de uma proposta de emenda à Constituição que reduz a jornada máxima de 44 para 36 horas semanais. A ideia surgiu do vereador eleito do Rio de Janeiro, Rick Azevedo, que criou o Movimento Vida Além do Trabalho (VAT), defendendo o fim da escala 6x1. A proposta foi protocolada pela deputada federal Erika Hilton, líder do Psol na Câmara dos Deputados, em 1º de maio deste ano, marcando o Dia do Trabalhador.  

Barreiras 593w56

Apesar de representar uma iniciativa inovadora e que tenta avançar em prol da qualidade de vida do trabalhador, segundo Watson Silva, advogado especialista em direito trabalhista, há complexidades envolvidas. “O principal desafio reside na adaptação de setores cuja operação depende de continuidade, como saúde, segurança e transporte. O modelo 6x1 é amplamente utilizado para garantir que tais atividades não sejam interrompidas, e migrar para uma estrutura diferente, o 4x3 por exemplo, pode exigir uma readequação na quantidade de profissionais, aumento de custos e, consequentemente, na estrutura das escalas e contratações. Além disso, as mudanças feitas na jornada de trabalho impactam diretamente a folha de pagamento, as contribuições trabalhistas e o planejamento de turnos, o que exige um estudo cauteloso sobre o impacto econômico e de produtividade”, explica. 
Sobre essas preocupações, Renata Rivetti, fundadora da Reconnect Happiness At Work, empresa especializada em felicidade corporativa e liderança positiva, afirma que é necessário, sim, um processo de adaptação, mas que, no fim, o saldo é positivo para todos. “Temos visto em comércios fora do Brasil atuando numa semana de 4 dias a redução do turnover (rotatividade), das licenças-médicas, do absenteísmo. Então, no final, esses custos que são invisíveis, muitas vezes, acabam compensando esse investimento de ter um time adicional. Para ter a escala de quatro dias por semana, a empresa, de fato, tem de contratar mais pessoas, mas tem compensado financeiramente e, claro, as pessoas são mais engajadas, mais motivadas no trabalho, têm mais saúde mental e bem-estar. Então, a longo prazo, a gente entende que o modelo funciona, também, para o comércio”, analisa a diretora.  

Projeto-piloto  72lw

As conclusões da gestora foram feitas com base no projeto-piloto de quatro dias úteis no Brasil realizado pela 4 Day Week Global e Boston College, em parceria com a Reconnect Happiness at Work, com foco inicial no aumento de produtividade. “A gente abriu as inscrições em agosto de 2023, tivemos 21 empresas inscritas. E começamos mesas de planejamento até o final do ano ado para que as empresas pudessem entender o que fazer para, de fato, implementar a semana e manter a metodologia do projeto, que é 100-80-100: trabalhar mantendo 100% dos salários, 100% dos resultados, mas trabalhando 80% do tempo”, detalha. 
Em janeiro de 2024, as empresas começaram efetivamente a semana de quatro dias, ando por adaptações, mudanças e tentando entender como seria a ideia na prática. “Algumas fecharam na sexta-feira, mas a maioria acabou fazendo escalas entre o time. Em junho, a gente finalizou o projeto e, em julho, a gente fez a pesquisa final que obteve excelentes resultados. A conclusão: foi bom para o colaborador e foi muito bom para a empresa também. A liderança aprova o projeto, a nota que eles deram foi de 8.7, com 84,6% dos líderes falando que o projeto melhorou a forma de eles trabalharem, aumentou a produtividade e a eficiência”, revela Renata. Além disso, foram registrados impactos positivos na saúde física e mental, com 73,7% e 77,3% dos entrevistados avaliando como boa ou excelente, respectivamente.

Empregadores   5o516p

Participante do projeto-piloto dos quatro dias úteis, Roberta Faria, CEO e cofundadora da  Mol Impacto, optou pela implementação gradativa do modelo até dezembro, mas já percebe os resultados. “O que posso adiantar é que, ao final dessa primeira etapa, já foi possível identificar o impacto positivo da redução da jornada e estamos empolgados em tornar possível a implementação a partir de 2025. Há algum tempo, temos testado práticas na Mol, como a redução da carga horária de 44 para 40 horas, meio período sem reuniões para garantir a produtividade, além da flexibilização do presencial e da licença menstrual remunerada, e nada disso trouxe algum tipo de impacto negativo em nossas entregas ou no financeiro. Mas, sim, uma otimização de processos. Estamos construindo uma forma de trabalho mais eficiente, mapeamento de responsabilidades, comunicação objetiva, check-points mais frequentes entre equipes e maior autonomia, o que impulsionou a produtividade e a organização da equipe”, detalha. 
Simone Cyrineu, CEO e fundadora da Thanks for Sharing, também integrante do piloto, acredita que o modelo 6x1 não atende mais às necessidades do mercado e que os modelos de gestão também devem se atualizar. Ainda, pontua que a decisão impacta não só a empresa ou os funcionários, mas toda a economia do país. “A gente tem que ampliar a visão de que o impacto disso não é só para a empresa contratante desse trabalhador, que vai desenvolver uma série de outras crises, e isso vai se refletir no sistema de saúde pública, na sua família, na educação dos seus filhos. Esse funcionário, num momento de lazer, também vai consumir no bairro nesse dia que não teria tanta venda. Então, tem uma economia que gira ali também ao mudar a escala e colocar as pessoas para fazer coisas que elas não fariam em outros dias. Tem a própria produtividade que você ganha ao rever o que está sendo feito e a forma como está sendo feito e, também, os próprios benefícios da outra face dessa moeda. Está na hora de movimentar a roda em outro sentido”, defende Simone. 

Trabalhadores  2eg24

Rafaela Carvalho, gerente de engajamento, está na semana de 4 dias desde janeiro e conta como era a rotina antes de participar do modelo. “A minha outra experiência profissional era trabalhando como autônoma, com freelancer. Então eu não tinha horário. Procurava trabalhar cinco dias na semana, mas acabava trabalhando também aos finais de semana e em feriados. Eu tinha mais autonomia, mas era muito mais exaustivo”, diz. 
Sobre a perspectiva com a transição, ela ressalta o aumento da produtividade. “Nossa, eu sempre digo que é uma mudança instantânea na qualidade de vida. Então, eu observo melhor desempenho nas tarefas, sim. Você é obrigado a ser muito mais produtivo, porque a quantidade de entregas não diminui. Como você sabe que você está fazendo a sua melhor entrega possível, o momento do descanso é levado a sério também”, afirma. 
Arquivo pessoal - Graziele Sousa, 25 anos, defende o fim da jornada de 44h: "Melhor qualidade de vida"
Graziele Sousa, 25 anos, gestora de projetos, nunca trabalhou no regime 6x1, mas teve experiências com jornadas de 44 horas semanais, folgando aos finais de semana. “Conseguia, de certa forma, equilibrar o trabalho, mas o grande desafio era o deslocamento. Como moro no extremo sul de São Paulo, perto do Capão Redondo, ava cerca de 4 horas por dia no transporte público. Muitas vezes, precisei caminhar mais de 10 km quando havia acidentes na principal via da região, que ficava bloqueada. Foram cinco anos nessa rotina até que ei a trabalhar 100% em home office, o que trouxe uma melhoria significativa na minha qualidade de vida” 
“Hoje, consigo ter uma relação mais equilibrada entre trabalho e vida pessoal. Acredito que é muito difícil manter a dignidade trabalhando seis dias por semana. É impossível cuidar da saúde, estar presente na vida das pessoas que você ama, e o cansaço acaba limitando suas opções de lazer e descanso. Acho que é um tema crucial, e espero realmente que o 6x1 seja abolido no Brasil para proporcionar uma melhor qualidade de vida para os trabalhadores”, defende Graziele. 
“A expansão ainda é um desafio e precisamos combater mitos e crenças de que horas trabalhadas significa, necessariamente, produtividade. A gente trabalha igual desde a revolução industrial. As pessoas estão exaustas, sobrecarregadas e os índices de burnout, absenteísmo e licenças médicas estão muito altos. Reduzir a jornada de trabalho tem impactos positivos também nessa redução”, conclui Renata Rivetti, lembrando que as inscrições para o projeto-piloto estão abertas. Saiba mais no site 4dayweekbrazil.com

Palavra de especialista  417065

Arquivo pessoal - "Uma mudança gradual, com e de regulamentações específicas para setores essenciais, pode tornar o processo mais seguro e minimamente disruptivo ao mercado de trabalho brasileiro", afirma o advogado Watson Silva
"A transição para um modelo diferente do 6x1 é, em teoria, viável, mas exige uma adaptação robusta, incluindo negociações setoriais para que a mudança ocorra de forma prática e sustentável. A migração implicaria numa restrição das escalas, possivelmente exigindo aumento na força de trabalho e redistribuição de jornadas, o que poderia onerar as empresas a curto prazo, impactando em toda a cadeia produtiva. A alteração do sistema atual também impactaria diretamente o cálculo de horas extras, folgas e adicionais noturnos, alterando as rotinas de departamentos de recursos humanos e as relações contratuais entre empregador e empregado. Em última instância, uma mudança gradual, com e de regulamentações específicas para setores essenciais, pode tornar o processo mais seguro e minimamente disruptivo ao mercado de trabalho brasileiro". Watson Silva, advogado especialista em direito trabalhista. 
"É preciso desmistificar que horas trabalhadas têm a ver com produtividade. A mudança melhora na percepção de equilíbrio entre vida pessoal e profissional e, com isso, maior dedicação ao trabalho, com mais foco e engajamento”  Renata Rivetti, fundadora da Reconnect Happiness At Work.
 

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