{ "@context": "http://www.schema.org", "@graph": [{ "@type": "BreadcrumbList", "@id": "", "itemListElement": [{ "@type": "ListItem", "@id": "/#listItem", "position": 1, "item": { "@type": "WebPage", "@id": "/", "name": "In\u00edcio", "description": "O Correio Braziliense (CB) é o mais importante canal de notícias de Brasília. Aqui você encontra as últimas notícias do DF, do Brasil e do mundo.", "url": "/" }, "nextItem": "/opiniao/#listItem" }, { "@type": "ListItem", "@id": "/opiniao/#listItem", "position": 2, "item": { "@type": "WebPage", "@id": "/opiniao/", "name": "Opinião", "description": "Leia editoriais e artigos sobre fatos importantes do dia a dia com a visão do Correio e de articulistas selecionados ", "url": "/opiniao/" }, "previousItem": "/#listItem" } ] }, { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": "/opiniao/2024/05/6867522-visao-do-correio-atividades-no-campo-reduzem-o-bioma-cerrado.html", "name": "Visão do Correio: Atividades no campo reduzem o bioma Cerrado", "headline": "Visão do Correio: Atividades no campo reduzem o bioma Cerrado", "description": "", "alternateName": "Visão do Correio", "alternativeHeadline": "Visão do Correio", "datePublished": "2024-05-30T06:00:00Z", "articleBody": "<p class="texto">O Cerrado perdeu 1,11 milhão de hectares de vegetação nativa em 2023, um aumento de 67,7% em relação a 2022 (662.186 hectares), conforme o Relatório Anual do Desmatamento no Brasil, divulgado pelo MapBiomas. A devastação segue a todo vapor. Em fevereiro deste ano, 3.798 km² foram desmatados, segundo o monitoramento do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).</p> <p class="texto">Enquanto, na Amazônia, houve uma retração de 40% no primeiro trimestre deste ano, no Cerrado, o desmatamento registrou um avanço comprometedor do bioma, considerado o Berço das Águas, devido ao avanço das fronteiras agrícolas. A região mais afetada foi a de Matopiba — Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia —, com 47% de perda de vegetação nativa, para as atividades agropecuárias, que ocupam 98% da área desmatada no Cerrado. Entre esses estados, o Piauí foi o único a reduzir o desmatamento em 2023.</p> <p class="texto">O Cerrado abriga nascentes de nove das 12 principais bacias hidrográficas do país e que contribuem para cursos hídricos de países vizinhos, como o Rio do Prata, e essenciais ao agronegócio e à vida humana. A supressão da vegetação compromete a perenidade dessas fontes de água potável, dos rios e dos lagos. Os impactos dessa escalada de destruição do Cerrado chegam às terras dos povos originários. É o caso da Terra Indígena Porquinhos dos Canelas-Apãjekra, no Maranhão, que teve 2.750 hectares de vegetação devastados. O que ocorre, hoje, com o povo Canelas tende a se estender por outros territórios,</p> <p class="texto">Mas a repercussão não se restringe às aldeias indígenas e quilombolas, mas afetará outras comunidades e populações urbanas. A intervenção predatória destoa de quaisquer esforços e políticas ambientais voltadas à redução da emissão de gases que contribuem para o aquecimento global e para os fenômenos climáticos extremos.</p> <p class="texto">Ao participar de uma audiência sobre mudanças climáticas, no Senado Federal, a bióloga e professora da Universidade de Brasília (unB) Mercedes Bustamante, anos atrás, alertava sobre os efeitos da substituição da cobertura vegetal do Cerrado pela pecuária e pelo plantio de grãos e de cana-de-açúcar. A alteração implicaria facilitar a liberação do carbono presente no solo e aquecer o ar. Embora o bioma seja um sumidouro de carbono no período chuvoso, torna-se fonte de emissão durante a seca, principalmente devido às queimadas.</p> <p class="texto">A Amazônia tem 50% do seu território protegido, o Cerrado apenas 12%. No ano ado, o governo federal propôs um pacto com os governadores para conter o desmatamento do Cerrado, que ocorre em propriedades privadas, sobre as quais não cabem intervenções do Estado. No encontro, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, apresentou o Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento no Cerrado (PPCerrado), lançado em novembro último. Diante dos recentes dados, se houve algum avanço, ele foi insuficiente para conter o desmatamento no bioma.</p> <p class="texto">As catástrofes que ocorrem no Sul do país deveriam ser encaradas como alertas de que é necessário mudar a relação das atividades econômicas com o meio ambiente. O atual comportamento dos produtores rurais do Centro-Oeste ocorreu nos Pampas gaúchos. A perda de proteção da vegetação nativa está entre uma das causas da tragédia sulista. O momento exige reflexão e a adoção de um relacionamento harmonioso com o patrimônio natural, em defesa da vida. <br /></p>", "isAccessibleForFree": true, "image": [ "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fmidias.correiobraziliense.com.br%2F_midias%2Fjpg%2F2024%2F05%2F28%2F1200x801%2F1_0p2a1954-37526647.jpg", "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fmidias.correiobraziliense.com.br%2F_midias%2Fjpg%2F2024%2F05%2F28%2F1000x1000%2F1_0p2a1954-37526647.jpg", "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fmidias.correiobraziliense.com.br%2F_midias%2Fjpg%2F2024%2F05%2F28%2F800x600%2F1_0p2a1954-37526647.jpg" ], "author": [ { "@type": "Person", "name": "Correio Braziliense", "url": "/autor?termo=correio-braziliense" } ], "publisher": { "logo": { "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fimgs2.correiobraziliense.com.br%2Famp%2Flogo_cb_json.png", "@type": "ImageObject" }, "name": "Correio Braziliense", "@type": "Organization" } }, { "@type": "Organization", "@id": "/#organization", "name": "Correio Braziliense", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "/_conteudo/logo_correo-600x60.png", "@id": "/#organizationLogo" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/correiobraziliense", "https://twitter.com/correiobraziliense.com.br", "https://instagram.com/correio.braziliense", "https://www.youtube.com/@correio.braziliense" ], "Point": { "@type": "Point", "telephone": "+556132141100", "Type": "office" } } ] } { "@context": "http://schema.org", "@graph": [{ "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Início", "url": "/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Cidades DF", "url": "/cidades-df/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Politica", "url": "/politica/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Brasil", "url": "/brasil/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Economia", "url": "/economia/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Mundo", "url": "/mundo/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Diversão e Arte", "url": "/diversao-e-arte/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Ciência e Saúde", "url": "/ciencia-e-saude/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Eu Estudante", "url": "/euestudante/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Concursos", "url": "/euestudante/concursos/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Esportes", "url": "/esportes/" } ] } 181n5b

Visão do Correio 6d3x2a Atividades no campo reduzem o bioma Cerrado
Visão do Correio

Visão do Correio: Atividades no campo reduzem o bioma Cerrado 3l7010

A região mais afetada pelo desmatament foi a de Matopiba — Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia —, com 47% de perda de vegetação nativa, para as atividades agropecuárias, que ocupam 98% da área desmatada no bioma 5qp5x

O Cerrado perdeu 1,11 milhão de hectares de vegetação nativa em 2023, um aumento de 67,7% em relação a 2022 (662.186 hectares), conforme o Relatório Anual do Desmatamento no Brasil, divulgado pelo MapBiomas. A devastação segue a todo vapor. Em fevereiro deste ano, 3.798 km² foram desmatados, segundo o monitoramento do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

Enquanto, na Amazônia, houve uma retração de 40% no primeiro trimestre deste ano, no Cerrado, o desmatamento registrou um avanço comprometedor do bioma, considerado o Berço das Águas, devido ao avanço das fronteiras agrícolas. A região mais afetada foi a de Matopiba — Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia —, com 47% de perda de vegetação nativa, para as atividades agropecuárias, que ocupam 98% da área desmatada no Cerrado. Entre esses estados, o Piauí foi o único a reduzir o desmatamento em 2023.

O Cerrado abriga nascentes de nove das 12 principais bacias hidrográficas do país e que contribuem para cursos hídricos de países vizinhos, como o Rio do Prata, e essenciais ao agronegócio e à vida humana. A supressão da vegetação compromete a perenidade dessas fontes de água potável, dos rios e dos lagos. Os impactos dessa escalada de destruição do Cerrado chegam às terras dos povos originários. É o caso da Terra Indígena Porquinhos dos Canelas-Apãjekra, no Maranhão, que teve 2.750 hectares de vegetação devastados. O que ocorre, hoje, com o povo Canelas tende a se estender por outros territórios,

Mas a repercussão não se restringe às aldeias indígenas e quilombolas, mas afetará outras comunidades e populações urbanas. A intervenção predatória destoa de quaisquer esforços e políticas ambientais voltadas à redução da emissão de gases que contribuem para o aquecimento global e para os fenômenos climáticos extremos.

Ao participar de uma audiência sobre mudanças climáticas, no Senado Federal, a bióloga e professora da Universidade de Brasília (unB) Mercedes Bustamante, anos atrás, alertava sobre os efeitos da substituição da cobertura vegetal do Cerrado pela pecuária e pelo plantio de grãos e de cana-de-açúcar. A alteração implicaria facilitar a liberação do carbono presente no solo e aquecer o ar. Embora o bioma seja um sumidouro de carbono no período chuvoso, torna-se fonte de emissão durante a seca, principalmente devido às queimadas.

A Amazônia tem 50% do seu território protegido, o Cerrado apenas 12%. No ano ado, o governo federal propôs um pacto com os governadores para conter o desmatamento do Cerrado, que ocorre em propriedades privadas, sobre as quais não cabem intervenções do Estado. No encontro, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, apresentou o Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento no Cerrado (PPCerrado), lançado em novembro último. Diante dos recentes dados, se houve algum avanço, ele foi insuficiente para conter o desmatamento no bioma.

As catástrofes que ocorrem no Sul do país deveriam ser encaradas como alertas de que é necessário mudar a relação das atividades econômicas com o meio ambiente. O atual comportamento dos produtores rurais do Centro-Oeste ocorreu nos Pampas gaúchos. A perda de proteção da vegetação nativa está entre uma das causas da tragédia sulista. O momento exige reflexão e a adoção de um relacionamento harmonioso com o patrimônio natural, em defesa da vida. 

Mais Lidas 5f2u28