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Um Oscar pela memória de Eunice 315k39
Cinema brasileiro

Um Oscar pela memória de Eunice 3o185p

Ganhamos, sobretudo, luz para a história de Eunice Paiva, uma mulher que fez da maior tragédia da vida da sua família o motor de uma luta pelo reconhecimento da morte dos desaparecidos políticos t6y5z

Será de fato um carnaval apoteótico. Em 2 de março, em pleno domingo carnavalesco, estaremos todos de olhos vidrados na cerimônia do Oscar 2025, torcendo feito final de Copa do Mundo com o Brasil em campo. Fernanda Torres é uma das indicadas como Melhor Atriz, e o filme Ainda estou aqui nas categorias de Melhor Filme e Melhor Filme Estrangeiro. Conquistando ou não a(s) estatueta(s), o fato é que já ganhamos. 

Ganhamos Fernanda de novo, vista e revista em tantos momentos de sua carreira e nas entrevistas durante sua trajetória. Fernanda circulando com desenvoltura, com tanta dignidade e talento, levando o Globo de Ouro e nos orgulhando tanto. Ganhamos Fernanda Montenegro emocionada, revivendo sua história — e que história! — duas décadas depois, acompanhando a filha em êxtase. Imagino o orgulho e a felicidade delas, pois são, em certa medida, também os nossos.

Ganhamos Walter Salles duplamente indicado, com filmes protagonizados por mãe e filha. Dá vontade de repetir à exaustão a frase mais clichê de todas: nada acontece por acaso. Parece mesmo ter algum propósito divino nisso aí — ainda que seja ao menos fazer o Brasil todo feliz!

Mas ganhamos, sobretudo, luz para a história de Eunice Paiva, uma mulher que fez da maior tragédia da vida da sua família — o sequestro e assassinato de Rubens Paiva nos porões da ditadura — o motor de uma luta pelo reconhecimento da morte dos desaparecidos políticos, atuando no direito e na política para restaurar a memória difícil da ditadura em prol da dignidade de quem morreu pela liberdade e pela democracia no Brasil. Sem falar em sua luta pelo direito dos povos indígenas. 

Dar vida a uma história real sob o ponto de vista de uma mulher como Eunice Paiva não foi apenas uma grande ideia, com uma estupenda execução, de Walter Salles. Foi um grande serviço também ao Brasil e ao cinema brasileiro. Portanto, ganhamos todos.

O filme retrata um instante, um momento, uma época de dor. Por obra do acaso, talvez de uma pandemia, ele estreou justamente quando mais precisávamos nos lembrar do que é feita uma ditadura — de mutilações físicas e emocionais profundas. O filme bombou justamente quando vieram à tona os planos ardilosos de um golpe contra a democracia. De novo, nada acontece por acaso. A arte não apenas emociona e orgulha; ela transforma um país.

 


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