Articulação

Gleisi chama líderes da base na Câmara para almoço em seu gabinete

A ministra da Secretaria de Relações Institucionais (SRI), que tomou posse ontem (10/3), busca melhorar a relação do governo Lula com as forças políticas do Congresso Nacional

Gleisi Hoffmann é deputada federal, agora licenciada, e assumiu a articulação política do governo  -  (crédito:  Divulgação / camara.org)
Gleisi Hoffmann é deputada federal, agora licenciada, e assumiu a articulação política do governo - (crédito: Divulgação / camara.org)

A ministra da Secretaria de Relações Institucionais (SRI), Gleisi Hoffmann, chamou líderes da base governista para um almoço em seu gabinete nesta terça-feira (11/3), no Palácio do Planalto.

Segundo a SRI, foram convidados os líderes partidários na Câmara Mário Heringer (PDT-MG), Pedro Campos (PSB-PE), Márcio Jerry (PcdoB-MA), Luciano Amaral (PV-AL), Talíria Petrone (PSol-RJ) e Lindbergh Farias (PT-RJ).

Gleisi assumiu o cargo ontem (10), em cerimônia com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em seu discurso, prometeu diálogo com as forças políticas e buscou amenizar sua imagem de radical, comprometendo-se, inclusive, com a política econômica promovida pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que já criticou no ado.

“Chego para somar. Foi essa missão que recebi e pretendo cumprir. Um governo de ampla coalizão, dialogando com as forças políticas do Congresso e com as expressões da sociedade, suas organizações e movimentos", declarou a ministra.

Ministra tenta melhorar relação com Congresso

Apesar de os convidados para o almoço representarem partidos da base, de esquerda, há divergências a serem resolvidas. Por exemplo, o PDT cobra maior participação no governo. O PSol, por sua vez, votou por diversas vezes na direção contrária do governo no Congresso Nacional, causando atrito.

Gleisi assumiu a SRI com o desafio de aproximar o governo do Congresso, em momento complicado. A aprovação do presidente Lula atingiu o menor nível em seus três mandatos, como mostraram pesquisas Datafolha, Genial/Quaest e Atlas publicadas nas últimas semanas.

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Além disso, líderes do Centrão ensaiam uma debandada do governo Lula, de olho no cenário para as eleições de 2026. Eles também reclamam da falta de participação na Esplanada, pois esperam uma reforma ministerial que os acomode — o que ainda não ocorreu.

Victor Correia
postado em 11/03/2025 12:29 / atualizado em 11/03/2025 12:30
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