O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vai se reunir nesta quarta-feira (2/4) com o presidente do Senado Federal, Davi Alcolumbre (União-AP), e com líderes da Casa Alta. O encontro será ao final do dia, na Residência Oficial do Senado, segundo apurou o Correio com interlocutores da Presidência.
Lula iniciou um movimento de aproximação com o Congresso Nacional, levando nove parlamentares para sua viagem ao Japão e ao Vietnã, na semana ada. Dentre eles estavam Alcolumbre e o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), além dos ex-presidentes Rodrigo Pacheco (PSD-MG) e Arthur Lira (PP-AL).
O petista também planeja uma reunião nesta semana com Motta. A ministra da Secretaria de Relações Institucionais (SRI), Gleisi Hoffmann, também participará das agendas.
Lula sinalizou a parlamentares que quer participar de forma mais ativa das articulações com o Congresso, um pedido de líderes desde o início do governo. Até o momento, as negociações são concentradas na SRI, na Casa Civil, na Fazenda e nos líderes governistas.
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Em alguns momentos, porém, Lula assumiu o leme. Por exemplo, para destravar a votação da Medida Provisória que reorganizou a Esplanada dos Ministérios, em junho de 2023. O governo enfrentou uma série de derrotas no Legislativo em 2024, como a derrubada ao veto à Lei das Saidinhas, que restringiu as saídas temporárias de presos, e a manutenção de veto do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) que impediu a criminalização do disparo em massa de fake news.
Mudanças na Esplanada 683d43
Outro tema na pauta do encontro de hoje é a reforma ministerial, que vem se arrastando nas últimas semanas. Até o momento, Lula fez mudanças pontuais na sua equipe, trocando os ministros da SRI, da Saúde e da Secretaria de Comunicação Social (Secom).
Integrantes do Planalto ouvidos sob reserva apostam que a reforma será realizada nas próximas semanas, mas deve ser menor do que o esperado, com novas trocas pontuais. Partidos do Centrão cobram maior participação no governo em troca da governabilidade no Congresso.
Porém, o presidente busca o comprometimento das legendas com o apoio à sua reeleição, ou ao seu sucessor, em 2026, algo que os partidos vem resistindo a fazer, especialmente em um cenário de baixa aprovação do governo federal.
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