
O ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz Maciel, foi convidado a comparecer à Comissão de Transparência, Governança, Fiscalização e Controle e Defesa do Consumidor, no Senado, nesta quinta-feira (15/5), às 10h. Ele vai prestar informações sobre as fraudes relacionadas a descontos não autorizados por aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
O ministro também deverá falar sobre políticas públicas da pasta e de medidas de transparência e prestação de contas. A audiência foi solicitada pelos senadores Sergio Moro (União-PR), Dr Hiran (PP-RR) e Eduardo Girão (Novo-CE).
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O senador Sergio Moro destaca que nenhuma medida concreta foi tomada até março de 2024, quando o INSS publicou novas regras para autorizar descontos em aposentadorias. "Análise das atas de 23 reuniões do conselho revelou que o tema só foi oficialmente discutido em abril de 2024, quase dez meses após o primeiro alerta. Nesse período, segundo auditoria da CGU, os valores descontados chegaram a R$ 250 milhões por mês, triplicando em menos de um ano", disse o parlamentar.
Na quarta-feira (14/5), o presidente do INSS, Gilberto Waller, informou que 473,9 mil pessoas solicitaram devolução de cobranças após declararem que os descontos não foram autorizados.
Na última quinta-feira (8/5), o governo federal anunciou que 12 associações tiveram bens e contas correntes e de investimentos bloqueados para ressarcir quem teve prejuízos. A soma dos bens já bloqueados, e que serão usados para restituir danos a aposentados e pensionistas, é superior a R$ 2 bilhões.
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