Relações Exteriores

Itamaraty repudia ataque à embaixada de Israel em Washington

Em nota, o Ministério das Relações Exteriores do Brasil também reiterou a condenação ao antissemitismo, a crimes de ódio e ao extremismo. Homem matou a tiros dois funcionários da embaixada.

Yaron Lischinsky (à direita) e Sarah Lynn Milgrim, funcionários da Embaixada de Israel em Washington, morreram no ataque. -  (crédito: Photo by 'Israel in the USA' official Facebook  of The Embassy of Israel to the United States of America / AFP)
Yaron Lischinsky (à direita) e Sarah Lynn Milgrim, funcionários da Embaixada de Israel em Washington, morreram no ataque. - (crédito: Photo by 'Israel in the USA' official Facebook of The Embassy of Israel to the United States of America / AFP)

O Ministério das Relações Exteriores (MRE) repudiou, nesta quinta-feira (22/5), o ataque a tiros que matou dois funcionários da Embaixada de Israel em Washington, na quarta (21). O Itamaraty classificou o assassinato como um crime de ódio, e reiterou a condenação ao antissemitismo e ao extremismo.

Sarah Lynn Milgrim e Yaron Lischinsky eram um casal, ambos funcionários da embaixada. Eles foram mortos a tiros por um homem ao sair de um evento no Museu Judaico. O suspeito confessou o crime e foi preso. Ao ser detido, gritou "Palestina livre".

"O governo brasileiro repudia, com veemência, o assassinato, na noite de ontem, em Washington, de dois jovens funcionários da embaixada de Israel naquela capital. As vítimas tinham cidadania israelense e o ataque a tiros ocorreu nas imediações do Capital Jewish Museum", disse o Itamaraty em nota.

"Ao transmitir as condolências aos familiares das vítimas e ao povo israelense, o governo reitera sua firme condenação ao antissemitismo, ao extremismo e a crimes de ódio como o ocorrido na capital norte-americana", acrescentou a pasta.

Segundo a polícia, o suspeito foi visto andando nas imediações do Museu antes do crime. Ele não tem antecedentes criminais, e não estava em nenhuma lista de monitoramento. As autoridades americanas ainda investigação possível ligação do atirador com organizações terroristas.

Tensão aumentou após nova ofensiva contra Gaza

O ataque ocorre em meio a uma nova ofensiva de Israel contra a Faixa de Gaza, que gerou críticas repúdio de outros países. Mais de 300 palestinos foram mortos nos novos ataques. Além disso, Israel montou um cerco contra a região, impedindo a entrada de alimentos, o que gerou grande risco de fome generalizada em Gaza.

O Itamaraty soltou uma nota na quarta-feira (21) condenando a nova ofensiva "nos mais fortes termos", bem como declaração recente do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, de que ele pretende "tomar o controle" de Gaza.

postado em 22/05/2025 19:23
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