Conflito

Governo brasileiro condena assentamentos de Israel na Cisjordânia

Nota divulgada pelo Itamaraty alega que ação constitui "flagrante ilegalidade" e repudia medidas unilaterais do governo israelense

Casas do assentamento israelense de Psagot, na Cisjordânia, perto de Ramallah e de Al-Bireh -  (crédito: Zain Jaafar/AFP)
Casas do assentamento israelense de Psagot, na Cisjordânia, perto de Ramallah e de Al-Bireh - (crédito: Zain Jaafar/AFP)

O Ministério das Relações Exteriores (MRE) divulgou uma nota em que repudia o anúncio do governo israelense feito na última quinta-feira (29/5) sobre a criação de 22 novos assentamentos na região da Cisjordânia, considerado território da Palestina nos termos da Resolução 242 do Conselho de Segurança da ONU, assinada em 1967. O governo brasileiro reconhece esse território, além da Faixa de Gaza, como pertencentes ao estado palestino.

Dos 22 novos assentamentos anunciados por Israel, nove serão criados do zero. Essas localidades funcionam como colônias de israelenses dentro do território ocupado. A Organização das Nações Unidas (ONU) condena a criação de assentamentos na região e considera o surgimento desses como um dos obstáculos para garantir a criação de um estado palestino viável.

O Itamaraty reforçou que a decisão constitui “flagrante ilegalidade perante o direito internacional”, além de contrariar o parecer consultivo da Corte Internacional de Justiça de 19 de julho de 2024, que condena a presença de Israel nos territórios da Cisjordânia e Faixa de Gaza, além de determinar a retirada dos assentamentos israelenses nos territórios palestinos ocupados.

“O Brasil repudia as recorrentes medidas unilaterais tomadas pelo governo israelense, que, ao imporem situação equivalente a anexação do território palestino ocupado, comprometem a implementação da solução de dois Estados”, condenou o MRE.

postado em 01/06/2025 16:12
x