{ "@context": "http://www.schema.org", "@graph": [{ "@type": "BreadcrumbList", "@id": "", "itemListElement": [{ "@type": "ListItem", "@id": "/#listItem", "position": 1, "item": { "@type": "WebPage", "@id": "/", "name": "In\u00edcio", "description": "O Correio Braziliense (CB) é o mais importante canal de notícias de Brasília. Aqui você encontra as últimas notícias do DF, do Brasil e do mundo.", "url": "/" }, "nextItem": "/tecnologia/#listItem" }, { "@type": "ListItem", "@id": "/tecnologia/#listItem", "position": 2, "item": { "@type": "WebPage", "@id": "/tecnologia/", "name": "Tecnologia", "description": "Informe-se sobre o que ocorre nas redes sociais e as novidades tecnológicas ", "url": "/tecnologia/" }, "previousItem": "/#listItem" } ] }, { "@type": "NewsArticle", "mainEntityOfPage": "/tecnologia/2024/09/6936881-cientistas-dos-eua-criam-hidrogel-que-atua-como-barreira-contra-o-fogo.html", "name": "Cientistas dos EUA criam hidrogel que atua como barreira contra o fogo", "headline": "Cientistas dos EUA criam hidrogel que atua como barreira contra o fogo", "description": "", "alternateName": "QUEIMADAS", "alternativeHeadline": "QUEIMADAS", "datePublished": "2024-09-16T04:45:00Z", "articleBody": "<p class="texto"><strong>* KARIN SANTIN</strong></p> <p class="texto">Em meio aos incêndios que atingem o país, pelo menos 5 mil focos em 24 horas, segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), um estudo da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, ganha força. Os cientistas buscam formas de proteção a edifícios e casas, o que levou ao desenvolvimento de um hidrogel. O produto potencializa a qualidade da água, quando pulverizado sobre infraestruturas vulneráveis, criando uma camada protetora a partir da transformação do gel, ao ser submetido à alta temperatura.</p> <ul> <li><a href="/mundo/2024/09/6942189-humanidade-conquistou-poderes-divinos-mas-pode-acabar-em-armagedom-diz-autor-futurista.html"><strong>Humanidade conquistou 'poderes divinos', mas pode acabar em Armagedom, diz autor futurista</strong></a><br /></li> <li><strong><a href="/tecnologia/2024/09/6941045-combustivel-sustentavel-pode-ser-obtido-com-latas-de-aluminio-agua-salgada-e-cafe.html">Combustível sustentável pode ser obtido com latas de alumínio, água salgada e café</a><br /></strong></li> </ul> <p class="texto">O estudo foi publicado na revista científica<em> Advanced Materials</em>. Segundo o artigo, os novos géis duram mais e são significativamente mais eficazes do que os comerciais já existentes. Os testes realizados indicaram que o efeito de proteção contra o fogo está presente até 455 dias depois da aplicação. Atualmente, a média de tempo para secagem de géis disponíveis no mercado é de 45 minutos.</p> <p class="texto">"O hidrogel é feito com uma grande quantidade de água, mas ela evapora rapidamente quando em contato com o calor do fogo. Sem água, o material se reorganiza e forma uma estrutura leve e porosa chamada aerogel, muito boa para isolar o calor. Esse aerogel continua protegendo a superfície abaixo dele", observa Brenno Silveira Neto, pesquisador do Instituto de Química da Universidade de Brasília (UnB), a respeito da nova tecnologia.</p> <p class="texto">Eric Appel, coautor do estudo, ressalta que a reação química do hidrogel "permanece intacta enquanto a água ferve por causa do calor". Especialistas afirmam que, no processo de criação de aerogéis em laboratório, são utilizados métodos de secagem não convencionais que permitem a transformação direta do estado sólido para o gasoso, sem ar pelo líquido. No caso do hidrogel desenvolvido pela equipe de Appel, é a sílica que permite a evaporação quase instantânea da água.</p> <p class="texto">Segundo Appel, celulose e sílica são materiais de alta disponibilidade e utilizados na indústria de papel, farmacêutica, alimentícia, entre outras. Quando combinados, os dois componentes têm uma ligação do tipo polímero-partícula, que aumenta a durabilidade do hidrogel. "Os hidrogéis podem ser borrifados", explica. "Criam uma barreira protetora contra as chamas. Proprietários poderiam aplicá-lo com um simples aparelho de pulverização em suas casas", acrescenta ele, lembrando que o aerogel é capaz de conter a combustão por poucos mais de sete minutos.</p> <p class="texto"><div> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2024/09/09/000_36fj24h-39879427.jpg" width="1608" height="1206" layout="responsive" alt=" Mais de 5 mil focos de incêndios foram registrados no país, em 24 horas, segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais"></amp-img> <figcaption>Michael Dantas/AFP - <b> Mais de 5 mil focos de incêndios foram registrados no país, em 24 horas, segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais</b></figcaption> </div></p> <p class="texto">O pesquisador Matheus Costa Cichero, doutorando do Instituto de Química da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e professor do Instituto Federal Sul-Rio-Grandense (IFSul), compara a substituição da água presente em uma gelatina por ar, sem destruir e alterar o volume. "A evaporação da água deve ocorrer rapidamente para possibilitar a manutenção da estrutura porosa da sílica e não o seu colapso. Por isso, a necessidade de uma chama intensa como usada no estudo, de 2.054°C", diz ele sobre o fenômeno conhecido como calefação: a exemplo do que se a quando a água entra em contato com uma a quente.</p> <p class="texto"><strong>Utilização prática</strong></p> <p class="texto">A tecnologia desenvolvida deve ser uma aliada diante da tendência crescente no número de incêndios a nível mundial. A estimativa global é de que esse tipo de ocorrência aumente 30% até 2050, segundo o último relatório do Programa Ambiental da Organização das Nações Unidas (ONU). No Brasil, já foram registrados mais de 170 mil focos de incêndio ao longo do ano, sobretudo entre julho e setembro. O uso de substâncias que previnem o alastramento do fogo varia a depender do produto, como alertam os especialistas. No caso do novo hidrogel criado pela equipe de Stanford, a destinação é proteger construções. Questionado pelo Correio sobre a prevenção de incêndios em áreas naturais, Appel afirma que o hidrogel de sílica e celulose como está atualmente não seria o mais apropriado. Segundo ele, os retardantes podem ser classificados entre "espumas para extinguir incêndios em andamento, géis aplicados a estruturas antes de um incêndio e retardantes de longo prazo, que compreendem fosfatos ou outros compostos usados em áreas selvagens para extinguir chamas ou gerar barreiras protetoras".</p> <p class="texto">O engenheiro publicou outra pesquisa, voltada para prevenção de fogo em vegetação, em 2019. O material desenvolvido anteriormente já foi aprovado pelo Serviço Florestal dos Estados Unidos para contenção de chamas em ambientes naturais. Esse composto também possuía uma base de celulose, mas associado a outros componentes. Para Matheus Cichero, a manutenção e o aumento da retenção de água e de nutrientes no solo são outras vias de uso de hidrogéis na preservação da vegetação. "Principalmente para os períodos de seca como o que enfrentamos no momento em regiões do Brasil e que acentuam os focos de queimadas."</p> <p class="texto">Brenno Silveira Neto, pesquisador da UnB, reforça que o estudo ainda é incipiente e precisa ar pela etapa de escalonamento. Ainda assim, ele elogia o potencial do uso do hidrogel. Silveira Neto, Appel e Cichero concordam que a questão de custo-benefício deve impactar, sobretudo pelo baixo preço e pela alta disponibilidade tanto de sílica como de celulose para abastecer a indústria.</p> <p class="texto"><strong><em>* Estagiária sob supervisão de Renata Giraldi </em></strong> <br /></p> <p class="texto"><div class="read-more"> <h4>Saiba Mais</h4> <ul> <li> <a href="/diversao-e-arte/2024/09/6942737-ex-paquita-da-xuxa-desabafa-sobre-luta-apos-diagnostico-de-esclerose-multipla.html"> <amp-img src="https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2024/09/15/luise_wischermann_1024x768-39971713.jpg?20240915180826" alt="" width="150" height="100"></amp-img> <div class="words"> <strong>Diversão e Arte</strong> <span>Ex-paquita da Xuxa desabafa sobre luta após diagnóstico de esclerose múltipla</span> </div> </a> </li> </ul> </div></p>", "isAccessibleForFree": true, "image": [ "https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2024/09/06/1200x801/1_low_res_fire_gel-39844543.jpg?20240906200952?20240906200952", "https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2024/09/06/1000x1000/1_low_res_fire_gel-39844543.jpg?20240906200952?20240906200952", "https://midias.correiobraziliense.com.br/_midias/jpg/2024/09/06/800x600/1_low_res_fire_gel-39844543.jpg?20240906200952?20240906200952" ], "author": [ { "@type": "Person", "name": "Correio Braziliense", "url": "/autor?termo=correio-braziliense" } ], "publisher": { "logo": { "url": "https://image.staticox.com/?url=https%3A%2F%2Fimgs2.correiobraziliense.com.br%2Famp%2Flogo_cb_json.png", "@type": "ImageObject" }, "name": "Correio Braziliense", "@type": "Organization" } }, { "@type": "Organization", "@id": "/#organization", "name": "Correio Braziliense", "url": "/", "logo": { "@type": "ImageObject", "url": "/_conteudo/logo_correo-600x60.png", "@id": "/#organizationLogo" }, "sameAs": [ "https://www.facebook.com/correiobraziliense", "https://twitter.com/correiobraziliense.com.br", "https://instagram.com/correio.braziliense", "https://www.youtube.com/@correio.braziliense" ], "Point": { "@type": "Point", "telephone": "+556132141100", "Type": "office" } } ] } { "@context": "http://schema.org", "@graph": [{ "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Início", "url": "/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Cidades DF", "url": "/cidades-df/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Politica", "url": "/politica/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Brasil", "url": "/brasil/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Economia", "url": "/economia/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Mundo", "url": "/mundo/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Diversão e Arte", "url": "/diversao-e-arte/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Ciência e Saúde", "url": "/ciencia-e-saude/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Eu Estudante", "url": "/euestudante/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Concursos", "url": "/euestudante/concursos/" }, { "@type": "SiteNavigationElement", "name": "Esportes", "url": "/esportes/" } ] } 61ox

Cientistas dos EUA criam hidrogel que atua como barreira contra o fogo 4a2f47
QUEIMADAS

Cientistas dos EUA criam hidrogel que atua como barreira contra o fogo 4h4m4s

Desenvolvido por pesquisadores de Stanford, um hidrogel pulverizado em áreas vulneráveis cria uma camada protetora que impede o avanço do incêndio. O uso do produto deixa os locais intactos e preservados t515i

* KARIN SANTIN

Em meio aos incêndios que atingem o país, pelo menos 5 mil focos em 24 horas, segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), um estudo da Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, ganha força. Os cientistas buscam formas de proteção a edifícios e casas, o que levou ao desenvolvimento de um hidrogel. O produto potencializa a qualidade da água, quando pulverizado sobre infraestruturas vulneráveis, criando uma camada protetora a partir da transformação do gel, ao ser submetido à alta temperatura.

O estudo foi publicado na revista científica Advanced Materials. Segundo o artigo, os novos géis duram mais e são significativamente mais eficazes do que os comerciais já existentes. Os testes realizados indicaram que o efeito de proteção contra o fogo está presente até 455 dias depois da aplicação. Atualmente, a média de tempo para secagem de géis disponíveis no mercado é de 45 minutos.

"O hidrogel é feito com uma grande quantidade de água, mas ela evapora rapidamente quando em contato com o calor do fogo. Sem água, o material se reorganiza e forma uma estrutura leve e porosa chamada aerogel, muito boa para isolar o calor. Esse aerogel continua protegendo a superfície abaixo dele", observa Brenno Silveira Neto, pesquisador do Instituto de Química da Universidade de Brasília (UnB), a respeito da nova tecnologia.

Eric Appel, coautor do estudo, ressalta que a reação química do hidrogel "permanece intacta enquanto a água ferve por causa do calor". Especialistas afirmam que, no processo de criação de aerogéis em laboratório, são utilizados métodos de secagem não convencionais que permitem a transformação direta do estado sólido para o gasoso, sem ar pelo líquido. No caso do hidrogel desenvolvido pela equipe de Appel, é a sílica que permite a evaporação quase instantânea da água.

Segundo Appel, celulose e sílica são materiais de alta disponibilidade e utilizados na indústria de papel, farmacêutica, alimentícia, entre outras. Quando combinados, os dois componentes têm uma ligação do tipo polímero-partícula, que aumenta a durabilidade do hidrogel. "Os hidrogéis podem ser borrifados", explica. "Criam uma barreira protetora contra as chamas. Proprietários poderiam aplicá-lo com um simples aparelho de pulverização em suas casas", acrescenta ele, lembrando que o aerogel é capaz de conter a combustão por poucos mais de sete minutos.

Michael Dantas/AFP - Mais de 5 mil focos de incêndios foram registrados no país, em 24 horas, segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais

O pesquisador Matheus Costa Cichero, doutorando do Instituto de Química da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e professor do Instituto Federal Sul-Rio-Grandense (IFSul), compara a substituição da água presente em uma gelatina por ar, sem destruir e alterar o volume. "A evaporação da água deve ocorrer rapidamente para possibilitar a manutenção da estrutura porosa da sílica e não o seu colapso. Por isso, a necessidade de uma chama intensa como usada no estudo, de 2.054°C", diz ele sobre o fenômeno conhecido como calefação: a exemplo do que se a quando a água entra em contato com uma a quente.

Utilização prática

A tecnologia desenvolvida deve ser uma aliada diante da tendência crescente no número de incêndios a nível mundial. A estimativa global é de que esse tipo de ocorrência aumente 30% até 2050, segundo o último relatório do Programa Ambiental da Organização das Nações Unidas (ONU). No Brasil, já foram registrados mais de 170 mil focos de incêndio ao longo do ano, sobretudo entre julho e setembro. O uso de substâncias que previnem o alastramento do fogo varia a depender do produto, como alertam os especialistas. No caso do novo hidrogel criado pela equipe de Stanford, a destinação é proteger construções. Questionado pelo Correio sobre a prevenção de incêndios em áreas naturais, Appel afirma que o hidrogel de sílica e celulose como está atualmente não seria o mais apropriado. Segundo ele, os retardantes podem ser classificados entre "espumas para extinguir incêndios em andamento, géis aplicados a estruturas antes de um incêndio e retardantes de longo prazo, que compreendem fosfatos ou outros compostos usados em áreas selvagens para extinguir chamas ou gerar barreiras protetoras".

O engenheiro publicou outra pesquisa, voltada para prevenção de fogo em vegetação, em 2019. O material desenvolvido anteriormente já foi aprovado pelo Serviço Florestal dos Estados Unidos para contenção de chamas em ambientes naturais. Esse composto também possuía uma base de celulose, mas associado a outros componentes. Para Matheus Cichero, a manutenção e o aumento da retenção de água e de nutrientes no solo são outras vias de uso de hidrogéis na preservação da vegetação. "Principalmente para os períodos de seca como o que enfrentamos no momento em regiões do Brasil e que acentuam os focos de queimadas."

Brenno Silveira Neto, pesquisador da UnB, reforça que o estudo ainda é incipiente e precisa ar pela etapa de escalonamento. Ainda assim, ele elogia o potencial do uso do hidrogel. Silveira Neto, Appel e Cichero concordam que a questão de custo-benefício deve impactar, sobretudo pelo baixo preço e pela alta disponibilidade tanto de sílica como de celulose para abastecer a indústria.

* Estagiária sob supervisão de Renata Giraldi  

Mais Lidas 5f2u28