VATICANO

Órfãs ucranianas dão boneca com estilhaço de bomba ao Papa


Adolescente de Kharkiv entregou ao pontífice brinquedo que costurou com artefato que quase a matou durante um ataque

Por Lara Perpétuo
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Direto da Ucrânia

O Papa Francisco recebeu no Vaticano, nesta quarta-feira (5/2), um grupo de órfãs ucranianas, de idades entre seis e 19 anos, todas vestidas com trajes tradicionais

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Presente

Uma delas, Veronika, de 18 anos, presenteou o líder da Igreja Católica com uma boneca em que foi costurado um dos estilhaços que a atingiram durante a explosão de uma bomba, enquanto eava com o cachorro em Kharkiv, onde morava

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Canal de paz

Segundo o portal ‘Vatican News’, Veronika apenas sobreviveu ao ataque devido a cuidados que recebeu na Itália, possíveis graças a um canal aberto por cardeal enviado pelo Papa à Ucrânia para buscar soluções de paz

Filippo MONTEFORTE / AFP

‘Vilna’

A jovem construiu a boneca em uma oficina de bordado e costura iniciada em bunkers, onde também estudava e realizava outras atividades. Ela deu à criação o nome de ‘Vilna’ — que se traduz, em português, para a palavra ‘livre’

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Associação Memória Viva

As crianças puderam se encontrar com o Papa devido à Associação Memória Viva, instituição que assiste a Ucrânia desde o início da invasão russa com remédios, roupas e alimentos

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'Irmãzinhas'

De acordo com o que contou ao portal católico a representante da associação, a ajuda humanitária deu origem a 'relações humanas' e fez com que as órfãs sejam 'como irmãzinhas'

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Verdadeiras vítimas

A representante disse também que 'as crianças são as verdadeiras vítimas das guerras'; e que, ao receber as órfãs, o pontífice 'estava contente, feliz, embora parecesse um pouco cansado'

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Proximidade

'Nós queremos demonstrar a nossa proximidade às crianças, quer como mundo das associações, quer como um país que se mostra generoso e acolhedor para com estes pequenos que também vêm aqui para se divertir', concluiu

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Superação de traumas

'Temos que ajudá-las a superar traumas, porque se não as ajudarmos agora, elas se tornarão adultos cheios de ódio, cheios de violência, que por sua vez começarão novas guerras.'

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Volta a sofrimento e carência

O ‘Vatican News’ informa que 'as meninas depois voltarão para a Ucrânia, para lugares de sofrimento e carências, porém mais aliviadas, graças ao apoio da Associação Memória Viva e seus voluntários'

Roman PILIPEY / AFP

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