
Touros (RN) — O Conselho Nacional de Educação (CNE) deve aprovar em agosto um relatório que estabelece diretrizes a respeito do uso de Inteligência Artificial (IA) em instituições de ensino da educação básica e superior, conforme anunciou o conselheiro Celso Niskier, durante o Congresso Brasileiro da Educação Superior Particular (Cbesp), realizado em Touros (RN). “O futuro não espera, então, a gente precisa orientar as escolas, as universidades sobre o uso [da IA], que já está sendo disseminado.”, afirmou Niskier.
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Segundo Niskier, ainda não está definido se as diretrizes penderão mais para a orientação ou para a obrigação. No entanto, o conselheiro adiantou que o relatório abordará cinco aspectos centrais. Entre eles está o uso de IA nos sistemas de avaliação, que segundo o conselheiro, é uma área com alta probabilidade de haver uma proibição ou recomendação forte.
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O documento também incluirá as seguintes áreas: o uso de dados privativos dos alunos, o uso da IA na gestão educacional — como na retenção de alunos e redução da evasão —, personalização da aprendizagem e a formação de docentes para lidar com a IA, envolvendo as licenciaturas e as Diretrizes Curriculares Nacionais.
Como um dos desafios na regulamentação citado por Niskier está a diversidade brasileira e a preocupação com escolas que carecem de infraestrutura básica ou competências digitais para implementar tecnologias avançadas. O conselheiro também menciona a preocupação com o papel do professor, que não deve ser deixado de lado. Ele enfatiza a necessidade de respeitar a autonomia das instituições e a diversidade do país, tornando a obrigatoriedade da introdução da IA um ponto ainda indefinido e delicado.
*A jornalista viajou a convite do evento